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MANCHETES

» 24/04/2025 - 19:18
Jesuíta Barbosa traz paralelo com Ney Matogrosso no "Conversa com Bial"

Pedro Bial recebe Ney Matogrosso no “Conversa com Bial” desta quinta-feira (24/04), no GNT e na TV Globo. A entrevista faz parte de uma série que celebra os 60 anos da TV Globo, no ar durante toda essa semana. O bate-papo conta ainda com uma apresentação musical de Como 2 e 2 e participação de Jesuíta Barbosa, que protagoniza o filme Homem com H, biografia de Ney Matogrosso que chega aos cinemas em maio.

Com referências do teatro, o cantor reflete sobre o seu estilo de interpretação musical. “Ninguém tinha cantado e vestido do jeito que eu me vestia. Ninguém tinha cantando com o rosto escondido como eu. Acho que muita coisa foi atiçando o povo”, diz. O artista relembra também a projeção que o Secos & Molhados ganhou depois da exibição do musical na década de 70. “Foi assim, o programa passou no Fantástico e ali começou, detonou. Nunca tinham visto aquilo”, conta.  

Ele é o artista vivo com mais músicas em abertura de novelas. Ao todo são oito, atrás apenas de Rita Lee com nove. Em “Vale Tudo”, Ney interpreta a música “Quase um Segundo”, escrita por Herbert Vianna, e gravada pelos Paralamas do Sucesso, Cazuza e Gal Costa. Ele revela como prepara a leitura de uma nova interpretação. “Se eu vou cantar uma música que essas pessoas cantaram, eu tenho que oferecer outra leitura. E a leitura, eu faço dentro de mim”, afirma.

Sua primeira abertura, Bandido Corazón, foi feita para a novela Despedida de Casado, que acabou não estreando por ter sido censurada pela Ditadura Militar. Durante a conversa, Ney compartilha uma história marcante do período. “Eu tinha uma coisa que eu queria confrontar aquela história [da ditadura], eles próprios tinham problemas com a minha figura, vieram me dar uma dura um dia. Fomos chamados [junto com o grupo Secos e Molhados] para um jantar em São Paulo e disseram que não poderíamos cantar e dançar porque o que fazíamos parecia que éramos um grupo de homossexuais [...], se eu parasse de fazer aquilo, não sabia fazer outra coisa [...]”, desabafa.

O artista também relembra o uso da máscara no início da carreira. “Era para me poupar do desprazer de não andar na rua, porque diziam que artista não andava na rua [...]. Depois do show no Maracanãzinho [com o Secos e Molhados, em 1974], estava na praia e ficava só ouvindo as pessoas falarem ao meu respeito”, salienta.

No segundo bloco, Jesuíta Barbosa, que interpreta Ney na cinebiografia Homem com H, comenta sobre como se identifica com o cantor em uma certa insubordinação a definições. “Eu percebo que tem algo muito genuíno na corporeidade desse homem desde sempre. E isso aparece no trabalho do Ney de uma forma muito clara, muito bonita de ver. E eu também sempre tive vontade de ser o que eu era, não colocar nenhuma amarra”, frisa.

Conversa com Bial vai ao ar de segunda a sexta-feira às 23h45 no GNT e após o Jornal da Globo na TV Globo. O programa tem apresentação e redação final de Pedro Bial, direção de Fellipe Awi e Mairo Fischer e produção de Anelise Franco. A direção de gênero é de Mariano Boni.

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