Com imagens inéditas, revelações e depoimentos de amigos,
parentes e personalidades, a série documental ‘Gloria’ estreia neste domingo
(27/04) na TV Globo. Os quatro episódios semanais vão ao ar nas noites de
domingo, após o ‘Fantástico’, e mostram a profissional por trás das câmeras. A
série faz parte da programação especial dos 60 anos da TV Globo.
‘Gloria’ faz um passeio pelo tempo e pela história da
jornalista que chegou à Globo no início dos anos 70 para ser radioescuta da
Editoria Rio, conciliando os estudos com o emprego até se tornar repórter.
Carioca, nascida em Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio, Gloria Maria conta que
frequentou escola pública, não tinha livros em casa e aprendeu a contar histórias
com a matriarca da família.
A série explora arquivos pessoais de Gloria Maria
desconhecidos do público, como os bloquinhos em que a jornalista documentava
todas as experiências que vivia. Ao longo de seus 52 anos de carreira na TV
Globo, Gloria Maria percorreu os cinco continentes, participou de coberturas de
Olimpíadas, Copas do Mundo, posses de presidentes e tantos outros
acontecimentos da história do Brasil e do mundo.
A série relembra reportagens que marcaram época, como o
primeiro voo duplo exibido na TV brasileira e revela outros personagens da cobertura
do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Para contar os
primeiros passos da carreira de Gloria Maria, a série reconstitui a ‘Veraneio’,
um veículo utilitário produzido no Brasil nas décadas de 70 e 80, que era
utilizado pelas equipes do jornalismo da TV Globo quando Gloria Maria começou a
fazer reportagens de rua.
A bordo da veraneio, quatro repórteres cinematográficos que
trabalharam com Gloria ao longo de sua trajetória visitam pontos da cidade para
relembrar reportagens e coberturas marcantes da jornalista. Orlando Moreira,
que começou na Globo em 1965 e atualmente é correspondente internacional da TV
Globo nos Estados Unidos; Daniel Andrade, que foi motorista, auxiliar técnico,
repórter cinematográfico da Globo e trabalhou mais de 10 anos com Gloria Maria;
Julio Cesar Moraes, repórter cinematográfico da Globo, que trabalhou durante 15
anos com Gloria Maria; e Marco Aurelio Souza, que acompanhou Gloria durante 50
anos e relembra as dificuldades enfrentadas pelos jornalistas durante o Regime
Militar.
A série mostra os bastidores das entrevistas com celebridades
como Michael Jackson e Madonna. A produção ouviu colegas e diretores que
acompanharam a trajetória de Gloria Maria como Pedro Bial, William Bonner,
Fátima Bernardes, Leilane Neubarth, Zileide Silva e Dulcinéia Novaes, entre
outros.
Os amores, um lado de Gloria a que poucos tiveram acesso,
também estão no documentário. Outras paixões, como a música, já que ela tinha o
sonho de ser cantora, as filhas, Maria e Laura, amigos e artistas como Maria
Bethânia, Djavan, Mano Brown e Emicida também participam da série com
depoimentos exclusivos.
Para falar sobre o legado que Gloria Maria deixa para
gerações de mulheres negras brasileiras, especialmente para aquelas que
sonharam um dia ser jornalistas, a série promove um encontro inédito entre 18
comunicadoras como Maju Coutinho, Aline Midlej, Cynthia Martins, Flavia
Oliveira, Valeria Almeida, Cris Guterrez e outras, que apontam onde, quando e
como a trajetória de Gloria abriu caminhos para que elas conquistassem espaços
na imprensa.
O projeto aborda a viagem definida pela própria personagem
como a mais transformadora de sua vida, refazendo o caminho de Gloria na
Nigéria – o país mais negro do mundo. Em 2025, serão exatos 20 anos desde a
viagem ao continente africano. Para a série, a equipe retorna ao país e
revisita lugares e pessoas que Gloria conheceu.
A série documental tem direção de Danielle França e Paulo
Sampaio; roteiro de Paulo Sampaio, roteiro e produção de Antonia Martinho;
produção executiva de Fátima Baptista; produção de Débora Monserrat e Luiz
Costa Júnior; e direção de fotografia de Eulym Ferreira, Lucas Louis, Emílio
Mansur e Lúcio Rodrigues.