O ex-goleiro
e treinador Emerson Leão é o convidado do CNN Esportes S/A nesta madrugada de
domingo (19/10) para segunda-feira (20/10), em seu horário alternativo à 1h15,
pela CNN Brasil. O ex-técnico da Seleção Brasileira fez duras críticas ao
futebol nacional, falou sobre o comando da equipe por técnicos estrangeiros e
foi categórico ao avaliar o atual momento de Neymar.
‘Tenho
poucas palavras pro Neymar. Eu acho que uma coisa depende da outra: o homem
fora e o homem dentro. E aí, não serve como exemplo para ninguém. Eu não vejo
Neymar resolvendo os nossos problemas. Ele já passou da idade. Ele iniciou como
um craque maravilhoso’, acredita.
Leão também
afirma que o camisa 10 já não tem o mesmo desempenho físico de antes. ‘O Neymar
já tá mais avançado. Não deixou de saber jogar futebol, mas exige dele hoje os
arranques que tinha e não tem mais. Ele sabe o que vai fazer, mas não consegue
mais. Não tem mais a mesma reação muscular. Não é o mesmo atleta. Não adianta’,
diz.
Durante o
programa, Leão ainda comenta sobre a falta de identidade da Seleção Brasileira
com o torcedor, critica a perda de protagonismo do país no futebol mundial e
faz uma autocrítica sobre o período em que comandou a equipe nacional.
‘Eu que errei
de ter aceitado. Era muito primário para mim. Eu deveria ter falado não. Fiquei
oito, nove meses na Seleção e nunca conversei com o presidente. Graças a Deus’,
afirma. O ex-treinador também se mostra incomodado com o distanciamento da
torcida. ‘Quando passa a fotografia dos jogadores na tela, antes do jogo, 90%
eu não sei quem são. E eu sou do ramo’, dispara.
Leão ainda
opina sobre o trabalho de Carlo Ancelotti e critica a falta de espaço para
técnicos brasileiros. ‘Estou altamente decepcionado e triste com essa geração
de novos treinadores que permite uma coisa dessa. Cadê os treinadores
brasileiros? Cadê as pessoas que comandam esse espetáculo?’, indaga.
Apesar das
críticas, o ex-goleiro reconhece o mérito de Abel Ferreira e o potencial de
Filipe Luís. ‘Ele (Filipe Luís) tem condição sim, mais para frente, de postular
um direito de ir à seleção através do seu bom trabalho. O Abel é merecedor. O
italiano foi rei lá. O Abel não foi rei lá, mas foi rei aqui. Então é mérito
dele’, conclui.