O ‘Profissão
Repórter’ desta terça-feira (11/11) destaca os impactos do trabalho na saúde
mental. As equipes de reportagem, comandadas por Caco Barcellos, mostram
histórias de brasileiros que enfrentam crises emocionais, depressão e burnout
causados pelo ambiente profissional.
A repórter
Sara Pavani acompanha a rotina de mulheres que atuam na segurança pública de
Sergipe e enfrentam os impactos emocionais da profissão. Entre elas está a
policial militar Alessandra Félix, diagnosticada com transtorno de ansiedade
generalizada (TAG), que precisou deixar o trabalho nas ruas e hoje exerce
funções administrativas.
Ela
participa das rodas de conversa terapêuticas promovidas pela Associação
Integrada de Mulheres de Segurança Pública de Sergipe (ASIMUSEP-SE), criada
para acolher e apoiar agentes que lidam com a pressão e o estresse do dia a
dia. O programa mostra também a história da delegada Marcela Souza, que comanda
uma Delegacia de Atendimento aos Grupos Vulneráveis em Estância e encontrou no
grupo um espaço para dividir experiências e buscar equilíbrio diante da rotina
intensa e das situações de violência que enfrenta diariamente.
Já as
repórteres Esther Radaelli e Talita Marchiori mostram a realidade de
professores da rede pública de São Paulo que têm enfrentado problemas de saúde
mental. Uma pesquisa divulgada em outubro pelo Sindicato dos Professores e
Funcionários Municipais de São Paulo, em parceria com a USP, revela que 85% dos
profissionais relatam sintomas de ansiedade, depressão e burnout.
A equipe
conversou com docentes que aguardavam perícia médica e que precisaram se
afastar das salas de aula por adoecimento psicológico, entre eles, um professor
que preferiu não se identificar e está há dois anos longe do trabalho por causa
de depressão. Segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, a
Secretaria Municipal de Gestão registrou mais de 34 mil licenças médicas por
questões de saúde mental apenas entre janeiro de 2024 e fevereiro deste ano.
O programa
acompanha ainda o professor de educação física Francisco Neto, que recebeu
diagnósticos de depressão, ansiedade e bipolaridade, e precisou reduzir a carga
horária e o salário para preservar a saúde.
A enfermeira
Mariah Oliveira Lucente, de 34 anos, atua em uma unidade de pronto atendimento
em Costa Barros, na zona oeste do Rio de Janeiro, uma das regiões com os
menores índices de desenvolvimento humano da cidade. Durante um de seus
plantões, a equipe registrou o atendimento de pacientes em crise de ansiedade e
ouviu profissionais de saúde afastados por burnout e outros transtornos
mentais, reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde desde 2022.
O ‘Profissão
Repórter’ vai ao ar na TV Globo, logo depois de ‘Aberto Ao Público’.