O Brasil é o país da impunidade? Um crime pode perseguir a
pessoa pelo resto da vida? Estas e outras questões serão abordadas no ‘Na
Moral’ desta quinta-feira (24/07), que levanta uma discussão sobre “Justiça”.
No programa da TV Globo, Pedro Bial relembra os recentes casos de linchamento e
barbáries em manifestações para discutir se o brasileiro, que sempre teve
reputação de ser um povo pacato, decidiu agora que vale fazer justiça com as
próprias mãos.
Entre os convidados estão os juízes Douglas de Melo Martins,
da Comissão Nacional de Justiça, e Fabio Uchoa, da 1ª Vara de Execuções Penais
do Rio de Janeiro. A estudante Mickhaila Copello, que ficou conhecida por
defender um ladrão que estava sendo linchado, no bairro da Freguesia, no Rio de
Janeiro, no começo do ano, e Ângelo Castilho, morador do Flamengo, também no
Rio, que criou a página “Reage, Flamengo”, no Facebook, para defender o bairro,
também participam do debate. O programa mostra ainda a história de Teresa de
Jesus, que teve seu marido condenado e morto em uma rebelião na penitenciária
poucos dias após ser preso.
O ‘Na Moral’ levanta também outra discussão ao falar sobre a
redução da maioridade penal – e mostra uma pesquisa recente que aponta que
92,7% dos brasileiros são a favor da mudança de 18 anos para 16. O apresentador
e seus convidados discutem se realmente a maioridade penal é solução. Bial
relembra um caso complexo que chocou o país e fala sobre o índio Galdino, que
há pouco mais de 17 anos teve seu corpo queimado enquanto dormia em um ponto de
ônibus em Brasília. Dos cinco jovens que cometeram o crime, um era menor de
idade. Na época, ele cumpriu quatro meses de medida socioeducativa e hoje tenta
se ressocializar através do trabalho.
A trilha sonora fica por conta da banda Titãs. A turma do
rock, além de participar ativamente da discussão, canta clássicos como
"Desordem" e "Mensageiro da Desgraça".