A arte de transformar sucata em objeto de decoração é uma
tendência que ganha espaço no mercado. Para mostrar as particularidades desse
setor, o “Pequenas Empresas e Grandes Negócios” deste domingo (31/08) traz uma
reportagem sobre o tema. O artista e empresário Paulo Pereira investiu neste
novo e lucrativo segmento depois de trabalhar por 40 anos com antiguidade. As
peças de Paulo são feitas de materiais descartados pela indústria e, depois de
trabalhadas, ganham beleza e valor no mercado.
A fábrica em Embu das Artes, São Paulo, recebe toda semana
lotes de sucata para serem adaptadas. Tudo é preparado com o maquinário antigo do
galpão: furadeira dos anos 70, torno de madeira da década de 30 e bigorna de
1920. As peças criadas por Paulo Ribeiro são vendidas numa loja própria, em São
Paulo, gerenciada pela sócia Elizabeth Muzzi. Decorada com poste de ferrovia,
andaime e correntes, a loja tem mais de 50 peças à venda, renovadas
constantemente. O negócio atrai consumidores finais, decoradores e arquitetos –
muitos deles estrangeiros. Com um investimento inicial de R$ 70 mil em 2011,
hoje Paulo fatura R$ 45 mil por mês.
O programa exibido na TV Globo também apresenta a história do
visual merchandiser Ará Candio, especialista na montagem e organização de
vitrines. Responsável pela apresentação da loja aos clientes, a vitrine é o
primeiro e mais importante instrumento de venda. Ela atrai, seduz e faz o consumidor
entrar no estabelecimento. Para montar uma vitrine atrativa e funcional não é
preciso gastar muito. Elevar o piso para dar um toque de imponência, usar
iluminação amarela para criar aconchego, prender suportes no teto para pendurar
objetos, criar ambientes temáticos e trocar os produtos do mostruário a cada 15
dias são algumas dicas que fazem diferença. Ará Candio faz cerca de 12
consultorias por mês, faturando aproximadamente R$ 30 mil no mesmo período.