Mestre Aleijadinho se tornou um dos símbolos da
cultura nacional. Quem vai a Minas Gerais se encanta com os santos e altares
feitos por pelo escultor. No bicentenário de sua morte, o “Caminhos da
Reportagem” revela a genialidade de Antônio Francisco Lisboa,
passando pelas cidades mais importantes da trajetória do artista: Ouro Preto,
Sabará, São João Del Rei e Congonhas do Campo.
O programa desta quinta-feira (13/11), às 22h, na TV
Brasil, também apresenta a valorização das obras do artista, considerado um dos
favoritos de falsários, e o imenso mercado gerado por peças falsas atribuídas
ao mestre. “Uma vez que essas imagens são publicadas em catálogo ou vão em uma
exposição, amanhã se uma delas aparecer em um leilão adquire antecedentes e
procedência para ser atribuída como um Aleijadinho verdadeiro. Então uma imagem
dessas que não valia nada, passa a valer milhões”, explica o escultor Elias
Layon.
Filho de um português com uma negra, Aleijadinho começou a
aprender o ofício com a família e se tornou um artista múltiplo. “Aleijadinho
não foi simplesmente, como muitos pensam, um fazedor de santos. Para além da
escultura, ele foi entalhador, arquiteto, perito, carapina e carpinteiro.
Então, era um profissional de vários talentos”, define o biógrafo Marcos
Paulo Miranda.
A equipe da emissora pública lembra que os trabalhos de
Aleijadinho floresceram no período dos estilos Barroco e Rococó, época de
peças trabalhadas, impactantes e expressivas. A doença que afetou os
movimentos do artista não o impediu de criar algumas das mais belas
esculturas brasileiras.