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Divulgação - TV Globo
 
MANCHETES

» 18/11/2014 - 12:02
"Provocações" exibe edição especial em homenagem ao Dia da Consciência Negra

Nesta semana, o “Provocações”, apresentado por Antônio Abujamra, comemora o Dia da Consciência Negra. O programa traz personalidades que representam os negros em diversas áreas: o rapper Dexter, a corégrafa Gal Martins e o professor Hélio Santos. A edição vai ao ar nesta terça-feira (18/11), às 23h30, na TV Cultura.

O professor universitário Hélio Santos, presidente do Instituto Brasileiro de Diversidade, lutou para a implantação do sistema de cotas raciais nas universidades brasileiras. Ele ressalta a questão do negro dentro do contexto histórico. “O Brasil fez uma imigração europeia muito importante, apoiou com dinheiro, mas não fez isso com os índios, muito menos com os negros. Esse desajuste está aí”, diz.

Segundo ele, o Rio de Janeiro foi a maior cidade escravista na metade do século XIX. “Hoje, no Rio de Janeiro, se fala em violência. São 400 favelas, o Rio em si já contém essa violência, que agora vem atingindo algumas pessoas. Mas a maior violência sempre foi a escravidão. Metade da população era escravizada, o que acha que viria depois? Nós colhemos o que nós plantamos”, comenta.

Há 10 anos, a coreógrafa e fundadora da Cia Sansacroma, Gal Martins, leva a dança moderna para sua comunidade no Capão Redondo, bairro de São Paulo. “ É subestimar demais a comunidade periférica achar que dança contemporânea, dança cênica, não dialoga e não comunica nada pra eles. [...] A gente leva muita reflexão, reflexões políticas, sociais. Nossos trabalhos sempre trazem questões políticas envolvidas”, salienta.

O rapper Dexter explana sobre a realidade das pessoas que habitam as periferias. “As escolas são precárias, a educação é quase nenhuma. E quando se tem é de uma forma arcaica. Eu costumo dizer que o hip hop tem que estar no currículo das escolas, de matérias escolares”, afirma.  

Ele analisa também o que é fazer parte desta periferia. “É ser trabalhador, honesto, é construir esse país e não ter nada em troca. É fazer parte de um povo que foi escravizado e que há quinhentos anos luta pela melhora. E infelizmente, não é reconhecido”, conclui.  

Durante o programa, Antônio Abujamra ainda lê Léopold Senghor.

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