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Divulgação - VIVA
 
MANCHETES

» 24/01/2015 - 20:55
Lima Duarte fala sobre mãe médium em "Grandes Atores" no VIVA

Lima Duarte recordou passagens importantes de sua carreira, que se mistura à história da televisão brasileira - ambas completam 65 anos em 2015 - no segundo episódio do programa “Grandes Atores”, que foi ao ar neste sábado (24/01), no VIVA.  Orgulhoso, o ator lembrou sua participação na chegada da TV ao país. "Foi em 18 de setembro de 1950 a primeira transmissão na América Latina. Dos que estavam lá, só eu estou vivo", disse.  

Um dos momentos mais marcantes de sua entrevista foi quando falou da importância da mãe na sua história. "Ela era atriz e médium. Foi uma mulher excepcional! Deixou-me de legado a arte. Quando brigava comigo, começava tentando me bater e terminava dançando. E ainda me pedia para segurá-la, já que era pequenininha.", divertiu-se, ao contar. O veterano lembrou, ainda, de seu novo batismo. "Quando falei meu nome durante o primeiro trabalho no rádio, Ariclenes Venâncio Martins, ouvi - esse não dá!. Liguei para minha mãe na hora e pedi uma sugestão. Ela me aconselhou - Põe o nome do meu guia de luz que você será muito feliz. E eu não sou obrigado a acreditar em milagres?", indagou.

Mineiro, nascido na pequena cidade de Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e Santíssimo Sacramento, ele recordou a infância humilde e o primeiro emprego em São Paulo. "Meu pai me colocou num caminhão de manga no Mercadão de São Paulo, ajudei a descarregar e ganhei uns cobrinhos. No dia seguinte, descarreguei outro de abacaxi. Fiquei burro sem rabo empurrando fruta no Mercadão de São Paulo. Dormia embaixo do caminhão", falou.  

Entre outras memórias, citou quando vivia na rua e acabou acolhido na Zona, ouviu que tinha voz de sovaco em seu primeiro teste na Tupi e começou no rádio ligando os transmissores. Lima foi crescendo no emprego, principalmente quando suas imitações chamaram a atenção. Após a estreia em Sua Vida Me Pertence (1951), a primeira telenovela brasileira, Lima passou a colecionar personagens ícones, como Zeca Diabo de O Bem-Amado (1973), Sinhozinho Malta de Roque Santeiro (1985) e Sassá Mutema de O Salvador da Pátria (1989).  

Sobre a vida pessoal, declarou seu amor por Débora Duarte. "Quando conheci Marisa [Sanches], Débora tinha dois, três anos. É minha filha também. Muito minha amiga". Ainda sobre Marisa, com quem foi casado, admitiu: "Ela me apresentou o Rio de Janeiro. Foi uma vida de paixão mesmo. Vivi plenamente a segunda juventude com ela". 

Ao encerrar a entrevista, Lima resumiu a profissão: "Ser ator é equilibrar-se sobre uma linha frágil que medeia a fantasia e a realidade, com cuidado para não despencar em uma onde habitam só os realistas ou noutra, onde habitam só os delirantes. É ficar se equilibrando ali".

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