No programa matinal “Você Na TV”, exibido na última
segunda-feira (02/03), o apresentador João Kléber recebeu, no polêmico quadro
"De Cara Com a Verdade", o deputado federal Jair Bolsonaro.
Na entrevista, Jair Bolsonaro revelou sua opinião sobre os
gays e a comunidade LGBT, desmistificando as acusações de que seria homofóbico.
"Minha briga sempre foi contra o material escolar para o público infantil
em escolas do ensino fundamental, para combater a possível entrada que o
governo quer colocar na escola, que é o kit gay. É um conjunto de livros,
cartazes e filmetes, diz o governo que é para combater a homofobia, mas na
verdade, no meu entendimento e a maioria dos pais, é um material que estimula
precocemente a criança a se interessar por sexo. E o que é pior, o sexo entre
as pessoas do mesmo sexo. Então, eu não sou preconceituoso, nunca tive
problemas com os gays e com a comunidade. Tanto é que eu só apareci a partir de
novembro de 2010, quando descobriram a Câmara na comissão de direitos humanos,
estava de passagem. Estavam fazendo o lançamento daquilo que ficou conhecido
como o kit gay. Quem fez o kit gay em grande parte foi a Associação Brasileira
de Gays, Lésbicas e Transexuais (ABGLT). Coisa esquisita, né? Eles pesquisaram
em 11 capitais, as crianças no ensino fundamental e chegaram a conclusão que
tem mais meninos gays dos que garotas lésbicas. Tudo o que eu te falo está
escrito, estão em notas gráficas e filmes também. Eu gostaria de saber,
perguntei na época também. Qual a metodologia? Eles atacaram duramente as
religiões. Eles chegaram a conclusão que os símbolos religiosos teriam que ser
retirados das escolas, porque aquilo era um obstáculo para o material escolar no
ensino fundamental conhecido como kit gay. Nós não podemos admitir isso aí. Nos
momentos que eu apareci xingando sim, palavras pesadas sim. Acho que até foram
suaves perto do que estavam programando para as crianças a partir de seis anos
de idade. Valeu a pena. Inclusive, sobre o termo homofóbico que cola em mim há
muito tempo, eu falo o seguinte: se ser homofóbico é defender as famílias e
as crianças, pode me chamar de homofóbico que eu não me importo",
revelou.
Ainda na entrevista, Bolsonaro explica porque, durante um
discurso sobre a ditadura militar, chamou a jornalista Marília Gabriela de
analfabeta e idiota. "Geralmente mostram eu dando uma cotovelada em
alguém. O carrinho que eu tomei por trás, ninguém mostra. Naquele momento, foi
dia 1º de abril do ano passado, eu fui lá para discursar favorável ao período
militar, com verdades, e ali aconteceu uma confusão enorme até chegar naquele
momento. Falei para ela que não houve golpe, que quem cassou João Goulart foi o
Congresso Nacional, no dia 2 de abril de 1964 e podia ser comprovado lá na
biblioteca da Câmara. Quem elegeu Castelo Branco foi o Congresso Nacional,
inclusive com o voto de Ulysses Guimarães, no dia 9 de abril de 1964 e Castelo
Branco só assumiu no dia 15 de abril. E, a 3ª vez que ela falou que eu estava
mentindo, dei o troco nela. Não me arrependo. Afinal de contas, ela se
comportou como uma jornalista pior do que a desconhecedora da história, aquela
que não quer estudar e aprender", concluiu.