NEWSLETTER
Cadastre seu e-mail:

Divulgação
 
MANCHETES

» 20/04/2015 - 19:31
Gloria Perez fala sobre seu processo criativo no "Ofício em Cena"

Para o segundo episódio de “Ofício em Cena”, Bianca Ramoneda recebe Gloria Perez. No programa que vai ao ar nessa terça-feira (21/04), às 23h30, na GloboNews, a autora fala sobre seu processo criativo ao escrever para dramaturgia de TV. “O escritor nasce pronto, a percepção dele está voltada para a dramaturgia da vida, da mesma forma que olhar de um pintor privilegia as cores”, diz. Sem descartar a importância da técnica, Gloria afirma que talento e vocação também são fundamentais.

Durante a conversa, Gloria lembra o início da carreira, quando trabalhava como pesquisadora e buscava uma chance como escritora. Ela conta que para onde ia, levava um roteiro de Malu Mulher em busca de alguém que se interessasse pelo material. “Ninguém lia!”, revela com bom humor.

A primeira oportunidade surgiu quando Janete Clair, já doente, buscava um colaborador e leu o seu material. Se conheceram, se tornaram parcerias e em pouco tempo Gloria se tornou colaboradora de Janete naquela que seria a sua última obra. É com carinho que Gloria lembra dessa experiência, quando Janete, já no hospital, ditava a ela os capítulos da novela. “Um dia ela me disse: vou te ensinar tudo porque não sei se chegarei no fim da novela, mas essa novela tem que chegar ao fim”, recorda. Sobre o período no qual trabalhou como colaboradora: "foi uma coisa maravilhosa, porque você aprende a escrever sobre o ponto de vista de outro. O que para escritor é muito importante, você vai escrever personagens, você tem que se meter naquelas peles, né? Isso é uma coisa difícil, exige treino, humildade e exige uma coisa que eu acho fundamental para escritor: a gente ter noção de que o nosso umbigo não é o limite do mundo”.

Sobre o processo criativo, a autora destaca a importância de pesquisas minuciosas sobre o tema abordado e o trabalho em equipe na fase de pré-produção. Na relação com o público, afirma que autor não deve ser subordinado ao público porque este gosta de ser surpreendido. "O autor não deve ser subordinado ao público. Até porque o público também gosta de ser contrariado, gosta de ser surpreendido. A multidão não tem criatividade, a multidão pensa no que já viu. Então, cabe ao escritor de novela surpreender o público, introduzindo uma nova possibilidade nesse arquivo que ele tem", defende.

A importância das novelas para o Brasil também são tema do papo e Gloria faz um comparativo com Hollywood ao afirmar que as novelas fizeram pelo Brasil o mesmo que Hollywood fez pelos Estados Unidos: documentou gerações, em um retrato de realidade na ficção.  “No Brasil o registro da sociedade é feito pelas novelas, que capturam o ritmo do cotidiano”, conclui.

HOME         MANCHETES        BLOG FABIOTV       CONTATO        PUBLICIDADE

2007 - 2024  fabiotv.com.br - Todos os direitos reservados.