A previsão econômica para 2015 é de um ano difícil, com dois
índices importantes caminhando em direções opostas: PIB em queda e inflação em
alta. O ‘Pequenas Empresas & Grandes Negócios’ deste domingo (24/05) mostra
a saída que alguns empresários estão buscando para fazer o negócio girar e
gerar lucro.
Matheus Lopes, de 24 anos, por exemplo, precisou ter
maturidade para manter sua empresa de tecnologia com a alta do dólar, que fez o
faturamento de Lopes despencar. O empresário cortou custos, demitiu funcionários
e mudou de ponto comercial. Com os ajustes, ele conseguiu estabilizar os gastos
e fazer uma economia mensal de 15 mil reais.
O corte de custos feito pelo empresário é chamado pelos
consultores de “inovação de processo”. O programa exibido na TV Globo mostra
ainda outras estratégias, como a “inovação de produto”, em que é oferecido ao
consumidor algo mais funcional do que a concorrência; e a “inovação do modelo
do negócio”, que significa ter uma nova ideia. O empresário Roberto Celidônio e
seus dois sócios, donos de um restaurante que faz “piazzas” italianas, seguiram
algumas dessas alternativas. Eles trocaram motos por bicicletas para fazer as
entregas, uma forma de economizar utilizando uma alternativa sustentável. Com a
economia, os sócios estudam abrir uma terceira filial.
Ainda neste domingo, o ‘Pequenas Empresas & Grandes Negócios’ mostra uma
máquina que usa cápsulas para fazer suco de frutas de vários sabores, inventada
por um brasileiro. Para desenvolver o equipamento, o engenheiro e empresário
Marcos Pinotti contou com um investimento de dois milhões de reais e levou três
anos fazendo testes e pesquisas.
O primeiro protótipo parecia um robô, era muito caro e foi
engavetado. O segundo usava a tecnologia do microondas, um invento perigoso que
também foi descartado, mas Pinotti não desistiu e chegou ao modelo desejado na
terceira tentativa. Hoje, o equipamento é montado numa empresa
terceirizada na cidade de São Paulo e a produção das oito toneladas de polpa,
por mês, é feita em Pratânia, interior do estado. O empresário negocia a
máquina em sistema de comodato (empréstimo) e vende as cápsulas por R$2,50
cada.