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Divulgação - VIVA
 
MANCHETES

» 24/05/2015 - 17:58
Eu era muito ruim quando comecei, frisa Marcelo Serrado no "Grandes Atores"

O programa "Grandes Atores" recebeu o carioca da gema Marcelo Serrado. Ao VIVA, o convidado traçou sua trajetória profissional. "Eu era muito ruim quando comecei. Nossa, vejo as cenas, era péssimo", comentou o ator, que, atualmente, está no ar no canal como Umberto de "O Dono do Mundo" (1991). "Têm pessoas que nascem atores. Eu não, fui desenvolvendo. Hoje, tenho consciência de que fui 80% inspiração, transpiração. Não sabia o que era representar, queria tanto melhorar", disse.  

Na infância, Marcelo sustentava o sonho de virar astronauta. Seus planos mudaram, e o entrevistado atribui ao teatro a missão de tê-lo colocado no caminho certo da arte. "Ele me salvou, me botou num lugar. Me deu segurança, base, essências. Posso errar, mas vou arriscar", explicou. 

Com uma trajetória repleta de profissionais que lhe apoiaram, Marcelo destacou o primeiro a convidá-lo para a TV: José Wilker. "Lembro que eu estava fazendo aula com a Louise Cardoso no Tablado, e ele me chamou para "Corpo Santo" (1987), da TV Manchete. Foi quando tudo começou", revelou. Entre outros nomes essenciais na sua carreira, ele fez questão de agradecer a Zé Celso Martinez Corrêa, Herval Rossano, Gilberto Braga, Dennis Carvalho, Walter e Alexandre Avancini, Luiz Fernando Carvalho, Mauro Mendonça Filho, Antônio Abujamra e Lauro Cesar Muniz. "Sou muito do que peguei de cada um. Eles me ajudaram muito. Me fizeram enxergar a arte de uma maneira plena. Ai o Marcelo foi surgindo", disse. 

Já a Aguinaldo Silva, credita seu retorno à TV Globo. O novelista bateu o pé e conseguiu trazer o ator que, em 2006, conquistou um sucesso estrondoso na pele do delegado Nogueira de "Vidas Opostas", da Rede Record. "Acho que foi um trabalho turning point. Ganhei o APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). O personagem era muito forte, eu brincava com ele. Foi um estouro. E tive a sorte do Aguinaldo me ver nele. Por isso, sempre falo para qualquer ator: Em qualquer lugar que esteja, dê o seu melhor, por que pode ser que alguém lhe veja.. Devo muito a ele, bancou minha volta à emissora.", defendeu.  

Daí surge o papel mais popular da trajetória de Serrado e um dos personagens mais carismáticos da teledramaturgia brasileira: Crodoaldo Valério, o famoso Crô de "Fina Estampa" (2011). O caricato mordomo homossexual caiu nas graças do público. "Ele tinha uma coisa de desenho animado, né? Foi parar nas redes sociais, desfilei na São Clemente com 200 ritmistas vestidos de Crô. No carnaval, as pessoas saíram fantasiadas na rua", lembrou o convidado. Durante o aprofundamento para vivê-lo, Serrado contou com o auxílio do preparador de elenco Sergio Penna. "O Crô foi uma colcha de retalhos, fiz muito laboratório para achá-lo. Dei uma festa na minha casa e recebi as pessoas vestido de Crô. As gravações não tinham nem começado, mas fiquei as sete horas do evento representando para entrar no personagem!", comentou, imitando e gesticulando como o próprio. Na época, o boom foi tão grande que, em 2013, foi lançado "Super Crô - O Filme". 

Em 2012 foi a vez de dar vida a Tonico Bastos no remake de "Gabriela". Mas Serrado confessa que foi uma tarefa difícil se desvencilhar dos trejeitos do personagem anterior. "Foi um prazer fazê-lo, mas eu ainda estava com o Crô, falava e agia como ele. No início, botei esse detalhe do queixo no Tonico, estilo Marlon Brando, mas ele tinha a mão mole. Então, era um personagem completamente maluco. Depois, no 10º capítulo, tirei a mão. Aí, o Tonico aflorou", frisou.  

Ao longo do bate-papo, o entrevistado definiu a profissão como "repleta de ups e downs". Para ele, o ator precisa ser humilde. "Tem que saber que não é toda hora protagonista. É muito fácil pirar com o sucesso, mas a caída é muito rápida. Quando você alcança um respeito dos colegas, da mídia, da imprensa, do público, é muito bacana", enfatizou. 

A experiência como professor de teatro também fez Marcelo refletir sobre o trabalho. "Dei aula uns três anos atrás, mas parei. Perdi um pouco a vontade. Senti que as pessoas se aproximavam para eu dar indicação para a TV, sabe? Ser ator não é isso, é outra coisa. É não cair na mesmice, se arriscar. Agradeço todos os dias por poder exercer essa profissão que me abraçou", concluiu.

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