Nesta quinta-feira (28/05), às 22h30, a faixa GNT.Doc exibe
“Cássia Eller”, de Paulo Henrique Fontenelle. A partir de imagens de shows,
ensaios, entrevistas e cenas da intimidade da cantora, a obra – uma
coprodução do GNT com a Migdal Filmes - revela uma personalidade marcante
para a memória da cultura musical brasileira. A relação de Cássia com as
drogas, o sucesso, a gravidez inesperada, sua sexualidade, a pressão da fama, a
timidez e a sua morte são alguns dos assuntos abordados.
O filme, também exibido nos cinemas, apresenta depoimentos
de pessoas que foram próximas da cantora, como o filho Chicão e a companheira
Maria Eugenia, os jornalistas Tárik de Souza e Arthur Dapieve e, também,
artistas e amigos como Zélia Duncan, Nando Reis e Oswaldo Montenegro.
A artista começou a carreira ainda jovem, na década de 70,
com o desejo de fazer com que o seu trabalho atingisse todo mundo de uma forma
natural. Ela revelou que a música serviu como uma forma de fuga da sua
incapacidade de se relacionar socialmente: “Eu tenho vergonha das pessoas. Eu
tenho medo das pessoas, medo de gente”.
Cássia Eller morreu em 29 de dezembro de 2001 por causa de
uma complicação cardíaca, deixando muito cedo, aos 39 anos, seu filho e a
companheira por 14 anos, Maria Eugenia. O ano de sua morte foi um dos anos mais
agitados de sua carreira. Ela estava em seu ápice quando se apresentou no Rock
in Rio para quase 100 mil pessoas e entrou para a história do festival como um
dos melhores shows já apresentados. Além disso, nesse mesmo ano, seu disco
acústico MTV ultrapassou um milhão de cópias vendidas, sendo seu maior sucesso.
O filme consegue, de maneira tocante, mostrar a Cássia rebelde e intensa em
cima do palco, mas tímida e simples fora dele. “Eu tinha a sensação que ela
recebia um santo mesmo, era uma coisa doida aquilo ali! Ela se transformava no
palco, não era a mesma pessoa”, conta Maria Eugenia.