A série de curtas O Mestre e o Discípulo, produzida pela
Cavídeo, será o destaque de abertura do “Revista do Cinema Brasileiro” deste
sábado (08/08), às 22h15, na TV Brasil. Concebida para ser um longa-metragem, a
obra acabou virando uma série de curtas-metragens de baixíssimo orçamento. A
equipe de reportagem conversou com os diretores Felipe Reynald e Cavi Borges
para contar os detalhes dessa história.
Outra série, esta feita para web, também estará em destaque
no programa. Caos, dirigida pelo pernambucano Felipe Ramos, não tem a mesma
estrutura das grandes produções dos Estados Unidos ou Hong Kong, mas é uma
websérie sobre artes marciais onde não faltam chutes, socos e voadoras.
O clima de experimentação continua no programa com uma
matéria sobre o longa O gigantesco imã, um desdobramento do curta O
som da luz do trovão. O personagem do documentário é o cientista-inventor
Evangelista Ignácio de Oliveira, cujas criações são uma mistura de artes
plásticas e experiência científica. O diretor Tiago Scorza gravou uma
entrevista em que conta tudo sobre esta produção.
No estúdio do programa, Natália Lage recebe o diretor e
roteirista gaúcho Jorge Furtado, cujos filmes costumam abordar problemas
brasileiros, combinando crítica social e bom humor. Na entrevista, ele fala sobre seu primeiro
grande mergulho no drama. “Acho que tudo pode ser dito com humor. Nietzche
dizia: desconfie da verdade que não contém uma gargalhada. Meu gênero preferido
de cinema são as comédias tristes. Eu acho que é melhor forma de representação
do mundo. Porque a vida não é só tristeza e nem é só alegria. É uma mistura
dessas duas coisas. A gente está rindo aqui e depois já está chorando...“, diz.
Na sequência, uma visita ao estúdio de animação Campo 4 e uma
entrevista com César Coelho. Um dos quatro fundadores do prestigiado Festival
Anima Mundi, ele trabalha há 25 anos com cinema de animação.
Condado Macabro também será destaque desta edição do
programa. O filme de terror aposta numa trama com reviravoltas, um tanto de
sangue e outro de pura diversão. Para falar deste longa, a equipe de reportagem
conversou com o diretor Marcos Debrito. Ele faz parte da nova geração de
cineastas que faz um terror tropical e orgulhoso de ser brasileiro.
O quadro Memória RCB relembra o diretor Ivan Cardoso e sua
filmografia, que de tão original ficou conhecida como “terrir”, uma espécie
de terror para rir ou comédia para assustar.
“Revista do Cinema Brasileiro” ainda exibe um micrometragem
finalista do Festival Celucine.