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Divulgação - TV Brasil
 
MANCHETES

» 18/11/2015 - 13:02
Dia da Consciência Negra inspira filmes do "Revista do Cinema Brasileiro" desta quarta

O “Revista do Cinema Brasileiro” destaca a importância do Dia da Consciência Negra nesta quarta (18/11), às 23h30, na TV Brasil. No estúdio da atração, a apresentadora Natália Lage recebe o cineasta, pesquisador e escritor Joel Zito Araújo. A obra do autor discute as africanidades no Brasil, contribuindo para o reconhecimento de diversidade étnica e suas manifestações.

No papo, o diretor reflete sobre o seu premiado filme “A Negação do Brasil”, documentário vencedor do Festival É Tudo Verdade de 2001. Lançado há quinze anos, o longa debate o processo de inserção do negro na teledramaturgia. “Tivemos mudanças significativas, mas não no ritmo que eu gostaria nem na velocidade que o país precisa”, comenta Joel Zito sobre essa evolução.

“Vejo uma preocupação real dos diretores com a ideia de estabelecer um Brasil do orgulho e da diversidade, mas não estou satisfeito. Cresceu muito, mas pouco frente a necessidade que nós temos”, revela. Para comprovar sua tese, o pesquisador faz uma comparação com a sétima arte nos Estados Unidos. “Todo mundo que vê o cinema norte-americano tem a impressão de que a situação lá é o inverso daqui. Apesar disso, a população negra americana é de 13% do total e a nossa de 52%. Eles têm força”, explica Joel Zito ao ressaltar o caminho que o cinema nacional ainda precisa percorrer.

Ele ainda fala sobre o Grande Encontro do Cinema Negro a ser realizado em 2016 ao recordar a amizade com o saudoso ator Zózimo Bulbul, idealizador da iniciativa, que havia convidado Joel para assumir a curadoria do evento. “Os objetivos do festival são atualizar as pessoas sobre o cinema africano contemporâneo e oferecer um espaço de troca entre diferentes gerações de cineastas de várias origens com a nova leva de diretores que está surgindo no Brasil”, define.

O responsável por filmes como “As filhas do vento” (2004) e “Cinderelas, lobos e um príncipe encantado” também lembra seu ingresso no mundo da sétima arte. “Eu não imaginava que um dia seria diretor de cinema”, explica Joel Zito ao falar de sua paixão pelo cineclubismo ainda na Faculdade de Psicologia.

Já a matéria de abertura do Revista do Cinema Brasileiro aborda o filme “Dia de Preto”, uma adaptação moderna da lenda do primeiro escravo alforriado no país. A atração exibe uma entrevista com os diretores do longa Marcos Felipe, Marcial Renato e Daniel Mattos.

Na sequência, uma reportagem sobre o documentário “Hereros Angola” que registra a vida dos hereros, um dos grupos étnicos mais antigos da história da humanidade. A equipe do programa conversa com o produtor do filme João Guerra. Ele explica como foi documentar esse povo milenar de cultura ancestral que permanece bem perto da vida moderna das cidades angolanas.

Em seu quadro na atração, o crítico de cinema Marcelo Janot analisa a presença do negro na sétima arte no Brasil. O especialista resgata “Favela dos meus amores” (1935) dirigido pelo cineasta Humberto Mauro, em que os negros se limitavam à figuração. Mesmo assim, o filme chegou a ser censurado. A participação dos negros no cinema nacional foi sempre bem problemática, salvo raras exceções como Grande Otelo, e nunca fez jus à quantidade de talentos nas artes do país.

E como a musicalidade é uma das grandes marcas da cultura africana, o Revista do Cinema Brasileiro abre espaço para outro documentário sobre música. “Jards”, de Eryk Rocha, acompanha a gravação de um álbum do compositor Jards Macalé em 2011.

O documentário “Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre” também está em pauta esta semana. O filme, sobre o mais antigo alabê do Rio Grande do Sul, trata de religião, de espiritualidade e da memória viva dos “bairros negros” da cidade gaúcha.

Em outra matéria, o programa reflete sobre o filme “BH Soul” que relembra uma época de muito swing, cabelo black power e beca engomada. O movimento continua vivo nas ruas de Belo Horizonte e o diretor Tomás Amaral conta na TV Brasil como conheceu pessoas que viveram o auge da música negra na capital mineira.

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