No programa “É Notícia” desta semana, a
apresentadora Amanda Klein conversa com o pré-candidato pelo PSDB à
prefeitura de São Paulo, João Doria. Durante a entrevista, o convidado afirmou
que a experiência privada é melhor do que a experiência política. "Eu
trago exatamente a experiência privada. Eu trago o novo, a experiência privada
bem-sucedida. Não trago aqui o ranço da política tradicional", defendeu
ele.
O empresário ainda reconheceu o valor dos outros dois
pré-candidatos tucanos, Andrea Matarazzo e Ricardo Tripoli, mas fez a ressalva: "O
que tenho para oferecer é o novo. Eu sou a opção do novo. Eu não sou político,
embora não condene os políticos. São propostas para fazer uma administração
pública na cidade de São Paulo com o novo como a sua opção. Isso não significa
desprezar, diminuir o valor dos políticos tradicionais".
João Doria disse também que é filiado ao PSDB desde o ano
2000, e que, por isso, não teria motivo para se insurgir contra outro
pré-candidato que eventualmente conquiste a vaga, mas reiterou: "Não
ganhará, porque eu não entro em briga para perder".
O pré-candidato à prefeitura exaltou o direito do governador
Geraldo Alckmin de manifestar a simpatia pela pré-candidatura dele. "Você
quer cercear o direito do governador de falar de alguém é imaginar que nós não
estamos vivendo em um regime democrático. Ou democracia só vale para o lado que
quer ganhar, pro outro lado que quer disputar não vale?", questionou.
Mas ponderou que a ajuda do governador seria bem-vinda depois das prévias,
marcadas para 28 de fevereiro.
Entre as propostas para a cidade, o político citou a
descentralização. "A boa gestão é a gestão descentralizada. Nós vamos
fazer em primeiro lugar as prefeituras regionais e não mais subs",
explicou. Segundo ele, a ideia é "empoderar" as 32 subprefeituras e "descentralizar
os recursos para que os prefeitos regionais possam administrar
regionalmente".
Doria voltou a falar sobre o ex-presidente Lula.
Recentemente, ele disse que Lula deveria defender a candidatura do prefeito
Fernando Haddad, mas teria que ser antes de ser preso. Ao ser confrontado com o
fato de que Lula não é sequer investigado pela Lava Jato, Doria recuou: "Preciso
esclarecer, no contexto, na plateia, havia um senhor que fez a colocação e
perguntou o que aconteceria se Lula fosse preso antes. Eu não defendi a prisão
do presidente Lula. Foi uma declaração bem-humorada. Eu defendo o rito, eu acho
que todas as pessoas devem ter direito a sua defesa". O ex-presidente
entrou com uma interpelação judicial contra Doria.
O empresário finalizou, respondendo: "Eu não tenho medo
do Lula. Pra mim, Lula não é um mito, é um cidadão como outro qualquer". E
revelou que recebe ameaças físicas de petistas. "Hoje, no mundo da
internet, cabe tudo. O sujeito manda mensagem e ameaça sua família",
contou.
A entrevista completa vai ao ar no programa É
Notícia, à 00h30 desta segunda (01/01) para terça-feira (02/02), na RedeTV!.