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Divulgação - TV Brasil
 
MANCHETES

» 19/05/2016 - 11:15
"Caminhos da Reportagem" debate polêmica sobre despoluição da Baía de Guanabara

As provas olímpicas de iatismo, o legado da competição para o país e a polêmica situação ambiental da Baia de Guanabara estão em pauta no “Caminhos da Reportagem” desta quinta (19/05), às 22h, na TV Brasil. Para analisar o tema, o programa entrevista profissionais da área de meio ambiente, atletas e representantes do poder público.

Participam da discussão o medalhista olímpico Torben Grael, capitão da equipe brasileira de vela; Tânia Braga, Gerente Geral de Sustentabilidade do Comitê Rio 2016; Guido Gelli, consultor ambiental do governo do Rio de Janeiro; Carlos Lessa, professor de Economia da UFRJ; e a engenheira química Dora Negreiros, integrante do primeiro Programa de Despoluição da Baia de Guanabara.

Segundo Tânia Braga, a questão da Baía de Guanabara é muito maior do que o momento do Jogos Olímpicos. "É o resultado de décadas de um passivo ambiental, principalmente no saneamento básico. Os Jogos colocaram o holofote em cima do problema da baía e da falta de prioridade no saneamento das metrópoles", afirma.

Dora Negreiros corrobora que o saneamento é um dos principais desafios. "Esgoto e lixo são as maiores problemas. Isso sem falar na drenagem pluvial. Todas as águas das chuvas são direcionadas para a Baía de Guanabara sem tratamento", afirma e engenheira química. "É horrível você competir assim os Jogos Olímpicos. Isso vai trazer uma imagem muito negativa para o país. Muito mais poderia ser feito de 2009 para cá", completa Torben Grael.

O programa da emissora pública lembra que os brasileiros festejaram quando o Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos, em outubro de 2008. Naquela oportunidade, a Cidade Maravilhosa havia derrotado as candidaturas de Madri, Tóquio e Chicago. Na época, muitas promessas foram feitas quanto a se recuperar o Rio, deixar um legado e preparar o município adequadamente para o evento que atrai milhares de turistas do mundo.

Para conquistar a chance de realizar a Olimpíada, o Rio de Janeiro defendeu a tese de que deveria ser o escolhido pelo ineditismo do local; a primeira competição numa cidade da América do Sul e também por causa do bom momento pelo qual o país passava.

A promessa mais ambiciosa foi a despoluição da Baía de Guanabara, um dos cartões-postais do estado, definida como o local das provas de iatismo. Mas, a promessa não se cumpriu. Apesar do sucesso dos dois eventos-teste de iatismo, jornais estrangeiros publicaram denúncias que alertam para o perigo que a água poluída representa para a saúde dos atletas.

Jornalista da agência de notícias Reuters, o americano Bradley Brooks investigou a balneabilidade da baía e denunciou a presença de vírus comuns em esgotos, e que podem comprometer a saúde dos atletas. Os laudos laboratoriais apresentados por Brooks mostram resultados constrangedores, mas os organizadores das Olimpíadas ignoraram as denúncias, apoiaram-se nos testes dos laboratórios oficiais e mantiveram as provas náuticas na baía.

O projeto Mangue Vivo começou depois de um vazamento na refinaria Reduc, da Petrobras, que causou o pior acidente ambiental da baia de Guanabara, em 2000. Em 15 anos, o trabalho – coordenado pela bióloga Erian Osório da Silva – conseguiu reflorestar a área e trazer de volta várias espécies de aves e crustáceos que haviam desaparecido. Contudo, Erian confessa não ter uma visão muito otimista em relação ao futuro a da baía.

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