Dedé Santana participou nesta semana do programa “SuperPop”,
na RedeTV!, comandado por Luciana Gimenez. O humorista, que por muito tempo
alegrou o país integrando o elenco de ‘Os Trapalhões’, revelou que atualmente realiza
sessões de hipnoterapia para vencer a síndrome do estresse, decorrente do
excesso de trabalho. “Estou no começo do tratamento, mas já melhorei
muito. Estou me sentindo outra pessoa. Tinham algumas coisas que me aborreciam
e me irritavam. (...) Por exemplo, eu chegar ao aeroporto atrasado para pegar
um avião e as pessoas pedirem para tirar uma foto comigo”, contou, afirmando
que até situações comuns do dia a dia estavam aborrecendo-o em consequência da
doença.
Em meio à trajetória de sucesso, as perdas também marcaram a
vida de Dedé Santana. No palco, ele recordou dolorosas partidas como a do filho
Maurício, do irmão Dino e do pai Oscar, e contou o drama de ter que enfrentar o
picadeiro enquanto o pai era velado no fundo do circo. "Foi terrível,
mas eu precisava trabalhar senão eu não tinha dinheiro nem para enterrar o meu
pai. Essa parte ficou no meu inconsciente. Ficou um trauma muito grande. A
gente fazia o povo rir e quando virava para trás estávamos chorando. Foi
terrível, mas eu precisava disso, porque o circo estava lotado”, disse.
O humorista foi enfático ao desmentir os rumores de que a
amizade com Renato Aragão estaria abalada e anunciou projetos ao lado do
parceiro. "Continua melhor do que nunca. Nós terminamos esse ano de
fazer um filme e estamos fazendo uma peça musical que chama ‘Os Saltimbancos
Trapalhões’, que foi o maior sucesso no Rio de Janeiro, com 1.200 lugares
lotados todos os dias e, em breve, vocês vão poder acompanhar o espetáculo em
São Paulo”, adiantou.
Já sobre o episódio em que teria se recusado a interpretar um
personagem proposto por Chico Anysio na Escolinha do Professor Raimundo, o
convidado sepultou a polêmica que envolvia os dois. “Eu estava fazendo um
caipira na Escolinha e veio o ‘Nerso da Capitinga’. Eu acho o ‘Nerso’
muito melhor do que eu para fazer um caipira, porque ele é autêntico. O Chico
quis me arrumar um outro personagem e quando eu li, falei para o Chico que não
tinha capacidade para fazer o personagem. Ele falou: ‘Eu escrevi , você vai
fazer o personagem’. Eu falei que nem todo mundo é o Chico Anysio”, disse
ele, elogiando a versatilidade do humorista.