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MANCHETES

» 22/05/2016 - 23:55
Eduardo Cunha fala sobre Meu Malvado Favorito no "Mariana Godoy Entrevista"

O programa "Mariana Godoy Entrevista" da última sexta-feira (20/05) recebeu Eduardo Cunha para uma conversa sobre as denúncias contra o seu nome e sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Para começar o programa, o deputado disse que não se considera milionário, mas que "se você considerar que R$ 1 milhão [em impostos declarados] é milionário, então, por essa ótica, eu sou". Sobre estes gastos serem incompatíveis com seu cargo, Cunha explicou: "Há 30 anos eu exercia uma atividade de comércio exterior (..) Eu fiz renda e negócios fora do Brasil. Eu tenho dois passaportes da década de 80 e 90 com mais de 60 entradas em países africanos em pouquíssimo tempo", disse.

"Nunca estive em Benin na minha vida", afirmou o deputado sobre a suposta aquisição de um campo de petróleo no país. Cunha é acusado de ter recebido $ 5 milhões em propina para facilitar a compra. O presidente afastado da Câmara disse que conheceu "eventualmente" o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, que fez delação contra ele.

Sobre sua suposta "influência" nas decisões do presidente interino Michel Temer, Cunha se defendeu: "Esse é um tipo de ilação que a gente vê falar (&) Michel Temer é o presidente nacional do meu partido (..) A equipe que está lá, nós temos convivência há muitos anos, então é natural que eu conheça as pessoas que foram nomeadas, o que não quer dizer que eu as nomeei", declarou. "Essa história de que o André Moura foi indicado por mim é outra fantasia", explicou o peemedebista. "Todos os líderes têm convivência muito constante comigo, então, eventualmente, se algum desses líderes virar chefe no governo, vão falar que sou eu quem indiquei", concluiu.

Falando sobre a possibilidade de renúncia do atual presidente da Câmara, Waldir Maranhão, Cunha disse que então haverá eleição para primeiro vice da Casa: "O meu cargo não está vago, estou afastado, então não está vago". O deputado também disse que Maranhão "foi cooptado para fazer aquilo [anular a votação do impeachment na Câmara], com a participação da Dilma, o ministro Eduardo Cardozo, o governador do Maranhão[Flávio Dino] e a partir daí ele tomou esta decisão equivocada", enfatizou. "O preço político que estou pagando é pela condução do processo de impeachment", afirmou.

Cunha disse que se sente perseguido: "Não há dúvidas que as coisas que acontecem comigo acontecem com seletividade".

O deputado disse que o STF votou por "decisão liminar" o seu afastamento e disse que irá recorrer: "Não serão necessariamente os mesmos fatos que você vai trazer". Cunha disse que a fala de que iria voltar à Câmara na segunda-feira foi mais um "modo de dizer": "Eu posso ir à Câmara (...) Fiz uma simbologia, mas obviamente que segunda eu não vou lá".

O repórter Mauro Tagliaferri perguntou sobre a justificativa de uma secretária de que Cunha declararia seu patrimônio por negócios imobiliários e da bolsa de valores, não citando os negócios de comércio exterior, e Cunha respondeu: "Eu não concordo com o conteúdo, eu não sou responsável pelo conteúdo e não posso responder pelo que os outros escrevem de mim".

Questionado por Mariana se não acredita na mídia, Cunha refutou: "uma das minhas grandes bandeiras na Câmara foi a liberdade de imprensa". O peemedebista também contestou as acusações de que teria constrangido e confrontado uma advogada: "no depoimento ela disse que não foi ameaçada".

Cunha afirmou que "o Conselho de Ética virou um grande palco" para parlamentares "que não têm nenhum tipo de acesso aos holofotes": "Eles cometem erros propositais, que sabem que serão corrigidos posteriormente e farão o processo demorar mais do que deve demorar, para ficar sob os holofotes". "Se eu vou perder ou ganhar, isso é uma coisa do processo, mas deve-se ter o devido meio legal", afirmou.

Chamado de "capitão do golpe" por Ciro Gomes  em sua participação no "Mariana Godoy Entrevista",  Cunha rebateu: "pode ser que tenha havido um golpe no Brasil, mas foi um golpe de sorte. A gente conseguiu se livrar de Dilma e do PT de uma vez só".

Ainda na entrevista, Cunha revelou que não teria "nenhum problema" em passar por uma "máquina da verdade". Mariana então o definiu como "o homem de gelo, um cara impassível". Sobre a comparação com o desenho "Meu Malvado Favorito", Cunha disse que "desconhece qualquer coisa a respeito do desenho", mas que "acha que a imaginação das pessoas, que buscam esse tipo de referência, a gente deixa isso para o imaginário das pessoas, a gente acha engraçado". O deputado ainda rejeitou a comparação com seriado "House of Cards".

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