Ruy Castro é o convidado do programa “A Máquina” desta
terça-feira (24/05), às 22h30, na TV Gazeta. Na conversa com Fabrício
Carpinejar, ele fala sobre os desafios da profissão, além de detalhes da vida
pessoal.
Ruy que também é jornalista explica a diferença no processo
de produção de suas obras. “Biografia é mole, você está seguindo a vida de uma
pessoa, começa aqui e termina ali. Em uma reconstituição histórica você está
lidando com centenas de personagens fazendo coisas importantes ao mesmo tempo”,
afirma. Reconhecido por suas obras biográficas e históricas, ele esclarece sua
relação com o passado. “A nostalgia não existe, existe uma coisa chamada
cultura, um conhecimento do passado, um interesse em saber como as coisas
funcionavam”, comenta.
Livre de uma compulsão há 25 anos, o jornalista comenta sobre
a disputa entre a dependência do álcool e o vício da escrita: “Só eliminei a do
álcool, porque estava me atrapalhando em exercer as outras”, disse referindo-se
à vocação e ao consumo de informação.
Apesar de estar sempre por trás da produção, ele fala sobre
ser retratado no livro de sua esposa Heloísa Seixas. “Nos últimos dez anos
tenho sido uma antologia de mazelas físicas. Minha mulher escreveu sobre isso
num romance que saiu há 2 anos” explica. “Se alguém fizer uma biografia minha
pra valer, só acontecerá por cima do meu cadáver”, finaliza.