Em meio a escândalos de corrupção, surgem, em diversos cantos
do país, situações que envolvem merendas escolares. Em alguns casos, essas são
a única refeição de crianças que estudam em escolas públicas. O ‘Profissão
Repórter’ desta quarta-feira (25/05) acompanha uma fiscalização de auditores da
Controladoria-Geral da União em escolas de Boa Vista (RR) e municípios
vizinhos.
Em um deles, não é difícil constatar a diferença entre o que
dizia o cardápio oficial (arroz, charque e legumes) e o que era servido aos
alunos (mingau). A repórter Valéria Almeida mostra que a CGU identificou que R$
20 milhões, originalmente destinados à merenda, foram usados para pagamento de
funcionários públicos locais.
No Nordeste, a situação na região que abriga o Parque
Nacional dos Lençóis Maranhenses também é crítica. Nas comunidades ao redor do
famoso destino turístico, as crianças passam fome e até sede nas escolas. Em
outro local, crianças de quatro a 12 anos estudam numa sala apertada, com
poucas carteiras e uma única garrafa de água, comprada pela professora. O
Ministério Público aponta que houve superfaturamento nos contratos fechados com
fornecedores de merenda.
Em São Paulo, o caso ganhou repercussão nacional depois que a
Polícia Civil e o Ministério Público revelaram um esquema de superfaturamento
na venda de alimentos para escolas. A repórter Eliane Scardovelli acompanhou o
protesto dos alunos, que ocupavam a Assembleia Legislativa e exigiam a abertura
da CPI da Merenda.
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar às quartas-feiras, depois do
futebol.