O “Caminhos da Reportagem” traça um panorama sobre
as Igrejas que recebem praticantes da comunidade LGBT de braços
abertos na edição desta quinta (26/05), às 22h, na TV Brasil.
O programa mostra que a repressão, em muitos casos, começa em
silêncio, com o desvio de olhares na igreja. Em seguida, vêm os comentários e a
proibição de exercer tarefas simples, como cantar. Até que um dia o fiel
desiste de frequentar o templo em que não se sente acolhido.
O Caminhos da Reportagem entrevista pastores que
enfrentaram o preconceito e criaram Igrejas inclusivas.
"Onde está o pecado entre duas pessoas que se gostam,
que se relacionam sexualmente de uma forma responsável?, pergunta Padre
Beto, que foi excomungado da Igreja Católica e hoje é o líder religioso da
Igreja Humanidade Livre, em Bauru.
A pastora Lanna Holder viajava o mundo
testemunhando a "cura" de sua homossexualidade e se considerava uma
"ex-lésbica". Até que conheceu a cantora gospel Rosania Rocha.
As duas fiéis evangélicas se casaram e fundaram uma Igreja com sede em São
Paulo.
"Eu poderia viver a vida inteira um celibato, mas a
minha sexualidade sempre iria ser aquela. Eu nasci assim, diz Lanna
Holder. Elas criaram a Igreja Cidade de Refúgio frequentada por cerca de
700 pessoas na capital paulista. Atualmente, Lanna e Rosania são casadas há
quase três anos.
O Caminhos também ouviu dois deputados federais com
visões bem díspares sobre o assunto: Jean Wyllys e o pastor Marcos
Feliciano que participa da Catedral do Avivamento, uma igreja neopentecostal
ligada à Assembleia de Deus. Entre os entrevistados estão ainda pastores
homossexuais e conservadores contrários às relações homoafetivas.
O programa da TV Brasil apresenta o exemplo de Daniella
Campos, transexual surda, que acompanha o culto evangélico com a ajuda do
religioso Silas Rosa, intérprete de libras e também homossexual. A equipe
de reportagem conversa também com o pastor Marcos Gladstone que
fundou a Igreja Cristã Contemporânea depois que se assumiu homossexual.