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MANCHETES

» 25/07/2016 - 11:08
Rodrigo Maia defende terceirização e reforma trabalhista no "Mariana Godoy Entrevista"

O programa "Mariana Godoy Entrevista" desta sexta-feira (22/07) recebeu o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia atribuiu a sua eleição para comandar a Casa a alguns fatores: "Confiança, lealdade, compromisso honrado, faz acordo e cumpre, acho que foi um pouco isso. Construí uma relação de confiança com os outros deputados". Ele concluiu: "Acabou gerando uma surpresa para todos, um deputado de um partido menor conseguiu construir uma candidatura e ganhar a eleição".

Um tema polêmico foi abordado pelo presidente da Câmara, as alardeadas "reformas trabalhistas". Maia, então, fez algumas observações sobre os pontos que mais têm sido debatidos nos últimos tempos: a terceirização e a "sobreposição dos acordos coletivos às leis trabalhistas vigentes no país". Para ele "as relações de trabalho não se constituem apenas de relações diretas. A terceirização vai colaborar muito para o Brasil superar a crise que vive nesse momento". Maia, seguindo uma linha defendida pelo governo, fez uma afirmação que tem se tornado corrente entre os defensores do mandato de Temer: "O ideal seria aprovar uma lei em que o negociado prevalecesse sobre o legislado", ou seja, deixar que patrões e empregados decidissem, de comum acordo, algumas questões que hoje são amparadas por leis.

Rodrigo Maia acenou, também, para revisões nos programas de financiamento estudantil e observou: "Às vezes você avança demais num programa e a qualidade não vai junto." Ele se referiu às muitas universidades que recebem dinheiro do governo nos programas que visam garantir graduação aos brasileiros.

Filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, Rodrigo contou o que aprendeu com o pai: "humildade, respeito ao cidadão, respeito ao servidor público". Ao falar dos servidores públicos, Rodrigo Maia fez questão de frisar: "Apesar de sermos um partido mais à direita, mais liberais, entendemos que nas ações fundamentais o Estado é determinante".

Provocado a voltar às questões trabalhistas, Maia considerou que duas delas são fundamentais neste momento: "O projeto de lei da terceirização e o projeto do negociado em cima do legislado. A gente não precisa avançar além disso, porque vai gerar muito embate". Para ele, "muita gente, porque não tem a legislação clara, vive em muita dificuldade".

 

Rodrigo Maia sinalizou para medidas de proteção ao empresariado: "A legislação tem que vir também para ajudar o empresário, não só para defender os direitos dos trabalhadores". Entretanto, ele reconheceu que muitos empresários se "escoram" nas leis para prejudicar os funcionários: "Tem empresário que vai galopando, abre uma empresa, não dá certo, abre outra".

Rodrigo Maia manterá medida criada na gestão de Eduardo Cunha e não abonará as faltas dos deputados que não as justificarem. Antes, essa função de abonar cabia aos líderes dos partidos. Para ele, essa mudança ajudou a acelerar os trabalhos na Casa e a deixou mais produtiva. Ele enfatizou: "Vamos organizar uma agenda, nós temos um objetivo. O que não pode é o pessoal não querer trabalhar". Maia ainda garantiu: "A Câmara precisa continuar se aproximando do cidadão".

O presidente da Câmara garantiu que a CPI do Carf não foi encerrada: "A CPI do Carf continua existindo e tem um prazo para apresentar o relatório". Ele foi além: "Uma CPI é muito importante e não pode um parlamentar, mesmo que seja o presidente, definir sozinho". Ele finalizou: "Eu não decido mais nada sozinho em relação a CPI".

Maia foi direto ao ser questionado sobre um possível retorno de Dilma Rousseff à presidência da República de forma efetiva: "Eu não trabalho com essa hipótese". Entretanto, ele tentou agir com a prudência que sua nova atribuição exige: "Se isso acontecer, nós vamos continuar dialogando". Maia fez questão de frisar que defende ideias opostas às da presidente afastada e de seu partido, o PT, e criticou: "O PT trata a questão de equilíbrio fiscal com uma visão ideológica".

Sobre a reforma da Previdência, Maia mostrou preocupação com o tema e demonstrou o interesse de que seja discutido em breve. Ele citou algumas mudanças feitas durante o governo do presidente Lula e afirmou que devem surtir efeito somente em alguns anos. Ele preferiu não se aprofundar na questão previdenciária que envolve servidores públicos e militares. Segundo dados de 2013, cerca de um milhão de militares e servidores respondem pelo mesmo déficit que 24 milhões de contribuintes "normais". Ainda assim, Maia defendeu mudanças: "A reforma da Previdência não é uma questão de querer prejudicar ninguém, ao contrário, o Brasil precisa organizar suas contas".

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