Em novo dia e horário a partir desta semana, às segundas, às
21h30, o programa Arte do Artista da TV Brasil recebe o diretor Wolf Maya para
um papo com o apresentador Aderbal Freire-Filho sobre a produção teatral
brasileira.
Durante a entrevista, o ator, diretor e professor fala sobre
sua trajetória nas artes cênicas e recorda episódios curiosos de sua carreira
que iniciou na frente das câmeras atuando nos anos 1970 e seguiu em direção aos
bastidores de direção onde trabalha com mais frequência atualmente.
Para Wolf Maya, a produção teatral brasileira já possui
recursos atualmente para reproduzir os grandes musicais norte-americanos.
Segundo o diretor, o que possibilitou o aumento da qualidade e quantidade
destes espetáculos no Brasil foi o investimento na formação de atores, com
aulas de canto e dança. "O brasileiro é muito musical. E o ator brasileiro
é muito talentoso, só precisa de treinamento", elogia.
O convidado de Aderbal Freire-Filho fala com propriedade
sobre o assunto. Wolf iniciou a sua carreira artística atuando no musical “As
Desgraças de uma Criança”, baseado na obra de Martins Pena.
O diretor também comenta o trabalho desenvolvido pela Escola
de Atores que leva seu nome. A instituição criada em 2001 busca preparar novos
profissionais para o mercado, de teatro, cinema ou televisão. Mais de 20 mil
alunos já passaram pela organização.
Entre os cursos oferecidos pela Escola de Atores Wolf Maia há
um que ensina técnicas de voz e canto, dança, sapateado e interpretação,
voltado para formação de atores em teatro musical.
Ainda nesta edição do programa Arte do Artista, Aderbal
brinca com Wolf Maia sobre sua vocação para reformar casas de espetáculos. Este
ano, ele já inaugurou o Teatro Nathália Timberg, localizado na Barra da Tijuca,
no Rio de Janeiro.
O diretor revela que o interesse em estruturar casas de
espetáculos se manifestou quando soube que o Teatro de Bolso Aurimar Rocha
seria demolido em meados da década de 1990. Na época, ele empreendeu esforços
para que o espaço continuasse a existir e fez dele o Teatro Café Pequeno.
Depois deste episódio, Wolf ainda esteve envolvido na
recuperação do Teatro Maria Clara Machado, situado no Planetário da Gávea no
Rio de Janeiro, e do Teatro Carlos Gomes.