Um impasse tem tornado a vida dos criadores de gado, seja de
engorda ou de produção de leite, bem complicada. Aqueles que estão em regiões
próximas ao cultivo de cana-de-açúcar estão enfrentando o aumento da infestação
da mosca-do-estábulo, um inseto que pica os animais e provoca feridas e
incômodos, fazendo com que parem de comer. O resultado é o prejuízo para
a produção de leite e a engorda dos bois de corte.
Em reportagem de Alberto Gaspar, o “Globo Rural” deste domingo (28/08) mostra
que tanto o resíduo líquido (a vinhaça) quanto o resíduo sólido (a torta da
cana) das usinas de açúcar e álcool são produtos que favorecem o
desenvolvimento das larvas da mosca. Além disso, como cada vez mais a colheita
da cana é feita de forma mecanizada, sem queimada, sobra muita palhada (a sobra
do corte da cana) no campo, o que também é propício à proliferação do inseto.
Regiões como o noroeste paulista têm enfrentado esse problema com muita
dificuldade e, de acordo com cálculos nos cinco estados que são os maiores
produtores de cana do centro-sul, a estimativa é de que os criadores da região
já perderam R$ 1 bilhão por causa do problema.
O ‘Globo Rural’ vai ao ar aos domingos depois de ‘Pequenas Empresas &
Grandes Negócios’.