O “Caminhos da Reportagem” desta quinta (22/09), às 20h40, na
TV Brasil, traça um panorama sobre os Jogos Paralímpicos Rio 2016. O programa
valoriza o recorde de medalhas conquistadas pelos atletas brasileiros na
competição e destaca o desempenho de Daniel Dias que com nove medalhas se
tornou o maior nadador paralímpico da história. Também se despede dos
competidores do país que se aposentaram nesta edição do evento.
A competição esportiva também foi marcada pela quebra de
recordes. Em 11 dias de disputas no Rio de Janeiro, mais de 200 recordes
mundiais foram batidos. A maior parte foi no Estádio Aquático Olímpico onde o
público teve a chance de acompanhar 116 marcas serem superadas nas provas de
natação. Já no atletismo, 68 recordes foram quebrados.
A emoção prevaleceu em esportes até então pouco difundidos
como goalball e a bocha, por exemplo. A torcida, aliás, deu um show a parte com
sua vibração e incentivo para todos os atletas independente da nacionalidade,
deficiência ou modalidade. Também soube respeitar o silêncio necessário nos
esportes em que os atletas com deficiência visual precisam de concentração para
ouvir os guizos da bola, como o próprio goalball e o futebol de 5.
O Brasil terminou a Paralimpíada classificado em 8º lugar no
quadro geral de medalhas. Foram 72 conquistas, sendo 14 de ouro, 29 de prata e
29 de bronze. Apesar de ser o maior número absoluto, a quantidade não foi o
suficiente para alcançar a meta prevista pelo Comitê Paralímpico Brasileiro
antes do evento: ficar entre os cinco primeiros países em número de ouros.
Mesmo com a conquista bem maior de medalhas que nos jogos de
Londres, em 2012, e Pequim, em 2008, a colocação do Brasil neste ano foi pior
que na Inglaterra porque conseguiu menos medalhas de ouro. Na última Paralimpíada,
o Brasil terminou em 7º lugar, com 43 medalhas no total, sendo 21 de ouro, 14
de prata e oito de bronze. Já na China, o país ficou na 9ª posição com 16
ouros, 14 pratas e 17 bronzes que totalizaram 47 conquistas.
Na Cidade Maravilhosa, o país também chegou a uma marca
expressiva: 113 medalhistas nesta edição dos Jogos. A modalidade em que o
Brasil teve mais medalhas foi o atletismo, com 33 no total. Na natação, os
competidores brasileiros conseguiram 19. Outro crescimento importante se deu nas
modalidades que receberam medalhas. O número saltou de 7 em Londres para 13 no
Rio, sendo quatro inéditas: ciclismo, halterofilismo e vôlei, além da canoagem,
que estreou na competição paralímpica de 2016.
Na participação do país este ano, vale mencionar ainda a
seleção de futebol de 5 que conquistou o tetracampeonato paralímpico e a
simpatia de atletas como a velocista Verônica Hipólito que conquistou a todos.
A jovem corredora ainda levou para casa uma medalha de prata e uma de bronze em
sua estreia nos Jogos.
O veterano Antônio Tenórino ficou com prata no judô. Aos 45
anos, ele deixou em aberto sua participação nos Jogos de Tóquio em 2020. Grande
nome do judô Paralímpico brasileiro, Tenório conseguiu o feito inédito de
quatro ouros consecutivos entre Atlanta 1996 e Pequim 2008 na categoria B1 –
para atletas totalmente cegos – até 100kg. Em Londres 2012, ele ficou com o
bronze.
Com quatro ouros, três pratas e dois bronzes, o nadador
Daniel Dias foi ao pódio em todas as nove provas que disputou na Paralimpíada.
O atleta chegou a marca de 24 medalhas nos Jogos e ultrapassou o australiano
Matthew Cowdrey como maior medalhista de todos os tempos na natação
paralímpica.
O Caminhos da Reportagem presta homenagem a atletas que se
despedem dos Jogos Paralímpicos na Cidade Maravilhosa, como Rosinha Santos,
bicampeã paralímpica, e o tubarão das piscinas, Clodoaldo Silva que já
conquistou 14 pódios em sua trajetória nas Paralimpíadas e se aposentou com uma
medalha de prata no revezamento misto 4 x 50m livre ao lado de Daniel Dias,
Joana Maria Silva e Susana Ribeiro.
O programa jornalístico também discute acessibilidade e
inclusão na cidade paralímpica, além da tecnologia que proporciona competições
cada vez mais emocionantes. A atração ainda debate como os Jogos Paralímpicos
podem fazer com que a sociedade construa um novo olhar sobre as pessoas com
deficiência.
Com mais de 100 horas de transmissões, a TV Brasil fez uma
cobertura ao vivo das principais competições dos Jogos Paralímpicos Rio 2016
entre os dias 7 e 18 de setembro. Apresentou, com o slogan "O canal das Paralimpíadas",
partidas da delegação brasileira em diversos esportes coletivos e as disputas
individuais em várias modalidades em parceria com as emissoras da Rede Pública
de Televisão.