Deborah Secco é a convidada do “Programa com Bial” deste domingo
(25/09), às 21h, no GNT. A carreira da atriz na televisão começou ainda criança
e, aos 19 anos, recebeu o título de sexy symbol ao posar, pela
primeira vez, para a revista Playboy. Ela conta que, na época, não tinha
noção do que representava. “Foi uma decisão pura e exclusivamente financeira.
Venho de uma família humilde e aquele dinheiro mudaria a minha vida
radicalmente. Sempre pensava que a minha carreira podia dar certo, mas, e se
não desse? Esse dinheiro já me dava uma casa própria e a condição de pagar a
minha faculdade”, explica.
Durante a conversa, a atriz afirma que, no começo da
carreira, a nudez era um problema para ela, mas já não tem mais questões quanto
a isso. “A nudez virou quase que uma roupa. Hoje, posso falar que não fico
desconfortável nua e, para mim, é comum andar em casa sem roupa. O mundo seria
melhor se isso não fosse um tabu. A personagem Bruna Surfistinha (do filme
homônimo) facilitou o costume com as cenas sem roupa. Durante as gravações,
tive que ter um desapego total, eram muitos figurantes, muitos homens e nem
conseguia cumprimentar direito todos eles”, revela.
A intérprete da garota de programa declara um carinho
especial ao papel: “Queria muito fazer um filme com uma personagem densa. Para
mulheres, é muito rara essa oportunidade e os personagens masculinos são sempre
melhores. Estava ali tento uma oportunidade que talvez não tenha nunca mais”.
Deborah completa ainda que ao longo do processo de construção
passou sete dias em casas de prostituição, dormiu na cama das profissionais e
pôde trocar experiências com as garotas de programa. “Ficou a capacidade de
enxergar o próximo sem julgamento. Conheci ali pessoas que não fizeram mal a
ninguém, além delas próprias. Hoje, olho para qualquer ser humano e digo que
não posso julgar, porque não vivi o que ele viveu”, declara.
Famosa por ser “namoradeira”, a mãe da pequena Maria
Flor, de nove meses, revela que nunca se privou de mostrar as emoções ao mundo.
“Em todas as minhas derrotas e relacionamentos conturbados, nunca fiz esforço
para não chorar na rua. Sou uma pessoa verdadeira e muito impulsiva. Não
consigo pensar que sou uma figura pública e não posso estar chorando pelo que
vão pensar de mim. Se vou sofrer, que sofra em público”, garante.