A RedeTV! transmitiu nesta terça-feira (18/10) o debate do
segundo turno no Rio de Janeiro entre Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo
(PSOL).
O evento, que aconteceu num hotel da Barra da Tijuca, teve a
parceria de UOL, Veja e Facebook. Foi a maior transmissão feita por uma
emissora de televisão no Brasil na rede social.
Logo na primeira pergunta, o candidato do PSOL perguntou
sobre a polêmica de Crivella com a religião católica, que disse ter espírito
imundo. Já o candidato do PRB rebateu e citou black blocks que estariam
alinhados com Freixo.
Os dois debates continuaram se atacando sobre assuntos como
número de secretarias e IPTU. Você não tem um projeto de governo e já está
loteando a prefeitura, atacou o candidato do PSOL.
Você faz tudo pelo poder. Não tem limites, disparou
Crivella contra o rival.
O candidato do PSOL acusou Crivella de receber apoio do crime
organizado. "Você é um covarde", rebateu o rival do PRB.
Sobre segurança pública, Freixo disse que não se resolve o
problema na área com bravatas e acusou Crivella de estar sendo influenciado
por Garotinho [Anthony].
O candidato do PRB insinuou que uma ONG ligada a Freixo ficou
com 70% da verba indenizatória da família do ajudante de pedreiro Amarildo, que
desapareceu em 2013 após ser deito por PMs na Favela da Rocinha.
O segundo bloco foi perguntas de jornalistas aos candidatos.
O jornalista da RedeTV!, Tony Vendramini, perguntou a
Crivella se ele mudou, ao longo de sua trajetória, suas convicções. Amadureci
com a idade. É normal, respondeu.
Gustavo Maia, do UOL, perguntou como será sua relação com o
governo Temer. Vou defender os interesses da população, cumprindo meu papel.
Vou conversar com os governos estadual e federal, colocou.
Já Maurício Lima, da coluna Radar, de Veja, questionou sobre
o papel de Garotinho num eventual governo de Crivella. Sempre a mesma
lenga-lenga. É apenas uma aliança republicana. Garotinho não vai participar do
meu governo, respondeu.
No terceiro bloco, Crivella e Freixo responderam a perguntas
da população. O candidato do PSOL enfatizou a importância do porteiro das
escolas públicas. É aquele que olha quem entra e sai dos colégios. Não temos
mais esses funcionários.
Já o político do PRB garantiu que irá estudar as planilhas do
transporte público e discutir o que pode ser feito para melhorar a qualidade do
serviço. Sobre o Uber, salientou que só vai se posicionar depois das decisões
da Justiça.
No último bloco, internautas, via Facebook, fizeram perguntas
aos candidatos. Uma delas abordou o papel das milícias nas eleições. Me sinto
à vontade para falar disso. Presidi as CPIs das Milícias e do Tráfico de Armas.
Moradores da zona oeste são extorquidos diariamente pelo crime, comentou.
Crivella recebeu uma pergunta sobre a valorização do servidor
público. As categorias estão desvalorizadas e desmoralizadas. Vou mudar isso,
argumentou.