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Divulgação - TV Brasil
 
MANCHETES

» 20/10/2016 - 16:30
Nayres Rodrigues: "Caminhos da Reportagem" revela drama da morte materna

O “Caminhos da Reportagem” investiga histórias de dor e saudade provocadas pela morte materna nesta quinta (20/10), às 20h50, na TV Brasil.

O programa conta o drama de cinco famílias em que as mulheres perderam a vida por diferentes causas, mas todas com algo em comum: envolviam gestação, parto ou puerpério. Os parentes revelam as dificuldades que essas vítimas enfrentaram para obter atendimento médico e, agora, eles lutam por justiça.

De acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, as principais causas de morte materna no Brasil são hipertensão, hemorragia, doenças cardiovasculares, infecção no pós-parto e aborto clandestino.

A atração jornalística da TV Brasil explica que a mortalidade materna refere-se à morte de mulheres durante a gestação, o trabalho de parto ou até 42 dias após o término da gravidez, no período chamado puerpério. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela.

O Brasil não alcançou a meta de redução de mortalidade materna recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 35 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. Embora o país tenha conseguido reduzir os índices, ainda registra, em média, 62 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. Os estados que lideram esses índices são Bahia, Pará, Maranhão e Rio de Janeiro.

Segundo a presidente interina do Comitê Estadual de Mortalidade Materna do Maranhão, Sílvia Viana, 85% dos casos são evitáveis. “É isso que faz o problema ser alarmante, porque se tivermos medidas simples, assistenciais e de atenção na atenção primária, na comunidade, com essas mulheres e com as gestantes, sobretudo, a gente acaba com essa questão muito séria”, afirma.

A equipe do Caminhos da Reportagem percorre o país para apresentar histórias de famílias que sofreram com o desaso. Entre os casos está a história de Nayres Rodrigues. A jovem de 19 anos vivia em Alcântara, no Maranhão e, em 2015, faleceu durante o trabalho de parto. O bebê também não sobreviveu.

A jovem mãe foi enterrada com o filho ainda na barriga e, mais de um ano depois da morte dos dois, a família aguarda o laudo da exumação do corpo e ainda busca entender o que aconteceu.

Ainda no Maranhão, o programa revela os desafios que as gestantes enfrentam para ter acesso aos serviços básicos de saúde. Em locais improvisados - como escolas e casas cedidas pelos próprios moradores -, a equipe da Força Nacional de Saúde oferece atendimento à população do interior do estado.

Catiane Alves, 25, é estudante, está grávida do sexto filho e sua gestação é de alto risco. Além de ter de esperar a visita de algum médico na região, precisa do irmão para levá-la de moto ao local do atendimento, que acontece distante de sua residência.

“A gente observa, pelos povoados que a gente já andou, assim, uma dificuldade de acesso ao serviço de saúde. Até pelo ambiente mesmo, que é cheio de rios, dunas, o posto é longe, o pessoal não tem condição de se deslocar”, diz a enfermeira Flávia Rodrigues, que atua na Força Nacional de Saúde.

Ainda nesta edição, o Caminhos da Reportagem também vai mostrar as iniciativas em prol da humanização dos serviços de saúde pública e, ainda, relembrar a história de Alyne Pimentel, que faleceu aos 26 anos no corredor de um hospital no Rio de Janeiro aguardando por um leito. Uma história de omissão e descaso que levou o país a ser condenado pelo Comitê para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW).

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