O “Repórter Eco” deste domingo (23/10) mostra o Parque
Estadual do Juquery, que preserva a última área de cerrado da região
metropolitana de São Paulo. O programa da TV Cultura, que vai ao ar às 17h30,
com apresentação de Márcia Bongiovanni, ainda traz uma matéria sobre
fertilizante ecológico e outra que enfoca a técnica milenar de tingimento
natural.
O Parque Estadual do Juquery está localizado em Franco da
Rocha, onde antes existia uma fazenda, uma das colônias do conhecido Complexo
Psiquiátrico do Juquery. Sua paisagem é formada por um mosaico de vegetação. Os
campos de gramíneas predominam, com matas de galeria no fundo dos vales. Entre
as árvores de grande porte está a exuberante copaíba, e entre os arbustos, a
típica lobeira que dá o fruto preferido do lobo guará, animal extinto há
décadas nesta região.
A rica biodiversidade dá também uma grande importância social
ao cerrado. Várias populações sobrevivem dos recursos naturais oferecidos por
este bioma. Cerca de 220 espécies da flora do cerrado têm uso medicinal, como o
barbatimão, espécie que possui propriedades cicatrizantes.
O “Repórter Eco” também exibe uma reportagem sobre fertilizante ecológico.
Restos de alimentos de um sacolão da capital paulista deixam de ir para o
aterro e viram novo produto, graças ao projeto Jardim Bonito, que transforma os
resíduos em fertilizante orgânico. Verduras, frutas e legumes que já passaram
do ponto e o cliente não quer são a matéria-prima para a compostagem feita em
um sacolão de São Paulo.
O comércio perde todo mês cerca de duas toneladas e meia de
hortifruti. Jairo Rosenhek, idealizador do Jardim Bonito, consegue aproveitar
600 quilos de resíduos. O projeto dá prioridade para a produção do fertilizante
líquido, feito a partir do chorume, resultado da decomposição dos alimentos.
São 150 litros por mês do adubo que não é tóxico. A validade é de dois anos e o
produto, garante ele, é de fácil aplicação.
Por fim, o programa destaca uma técnica milenar de tingimento
natural, em que se utilizam flores, raízes e casca de frutas. Tingir tecidos
com ingredientes naturais é uma técnica artesanal usada há milhares de anos. Em
São Paulo, a estilista Flávia Aranha resgata esse conhecimento e propõe evitar
o consumismo na hora de se vestir.