Alexandre Kalil (PHS) e João Leite se enfrentaram nesta
sexta-feira (21/10) no debate do 2º turno para a prefeitura de Belo Horizonte.
O evento, transmitido pela RedeTV!, teve a parceria de Facebook, UOL e Veja.
No primeiro bloco, João Leite acusou Kalil de receber R$ 50 milhões do atual
prefeito Márcio Lacerda. O ex-presidente do Galo respondeu dizendo que o tucano
empregou familiares na administração pública.
"Eu pensava que você fosse outra coisa. Eu até te beijaria", disse
Leite. "Beijo, se não for de filho, é de gângster ou traidor. Então, não
quero seu beijo", respondeu o candidato do PHS.
"Você não é pobre, Kalil. Você anda de Land Rover e não paga
ninguém!", criticou João Leite. "O anjo perdeu a asa. A pesquisa
atrapalhou tudo", ironizou Kalil, fazendo referência à pesquisa Ibope que
o mostra frente do tucano.
"Você tem 738 títulos protestados e gosta de viver como rico",
disparou Leite, que citou de forma recorrente Seu Geraldo, um ex-funcionário
de Kalil que não foi pago quando demitido.
O ex-presidente do Atlético-MG acusou o tucano de estar envolvido em
irregularidades em Furnas. João Leite ficou enfurecido e pediu direito de
resposta, que foi concedido no segundo bloco.
Leite falou que a lista citada por Kalil é falsa e comprovada pela Polícia
Federal.
Rodrigo Cabral, jornalista da RedeTV!, perguntou como João Leite poderia
enxugar a lista de pagamento da prefeitura se o tucano já fez alianças com
várias partidos. "Vou pedir o apoio da Justiça para os empresários que
estão devendo pagarem os impostos. E também aceito reduzir meu salário",
disse.
Pieter Zalis, de Veja, questionou o período em que Kalil foi presidente do
Atlético-MG. "Em sua gestão, as dívidas do clube cresceram. Como ser um
bom gestor na prefeitura?", indagou. Kalil ponderou que "em todos os
anos à frente do Atlético, as contas foram superavitárias".
O jornalista de Veja questionou Leite sobre Aécio Neves, mas o candidato à
prefeitura não respondeu.
Rodrigo Cabral, dessa vez perguntando para Alexandre Kalil, quis saber a
opinião do candidato sobre o posicionamento do presidente do PHS em MG, Marcelo
Aro, que votou contra a cassação de Eduardo Cunha. "Não sei nem onde fica
a sede da legenda. Acho uma excrescência depender um partido para concorrer nas
eleições", polemizou.
Alexandre Kalil ainda se comprometeu a não subir o preço do transporte público.