Com musicalidade que se diferencia pelo uso do hang drum,
instrumento rústico, percussivo, com timbre metálico, o grupo Palindrum,
que mescla música brasileira com jazz e rock progressivo, participa de dois
programas no SescTV: um documentário da série Passagem de Som e
um show da série Instrumental Sesc Brasil. Com direção geral de Max Alvim,
as produções inéditas vão ao ar neste domingo (11/12), a partir das 21 horas.
Hang drum, instrumento idealizado na Suíça por Felix Rohner e
Sabina Shärer, com formato de um disco voador, chamou a atenção do diretor
musical Dyonisio Moreno, em sua visita à Barcelona, na Espanha. “Tinha aquele
som cristalino, parecia metal, cristal. Era tão divino, lembrava sinos”,
recorda.
Moreno conta que, algum tempo depois, já no Brasil, comprou o hang
drum e decidiu montar um grupo instrumental, cuja sonoridade teria como
base o objeto pouco conhecido. Surgiu então o Palindrum, um quarteto
formado por Helena Venturelli, no piano; Denise Ferrari, no violoncelo; Alex
Reis, na bateria; e Daniel Moreno, no hang drum.
O documentário do Passagem de Som expõe que a
inspiração do repertório da banda vem da “ufoarqueologia” - ciência moderna,
não acadêmica, que estuda a presença de extraterrestre na terra, antes da
existência do homem – e das cavernas.
Em Itu, no interior de São Paulo, a produção acompanha o
Palindrum em visita a uma gruta de 500 milhões de anos. Moreno - que é autor
das músicas do grupo e já recebeu diversos prêmios por seu trabalho em cinema e
teatro, como arranjador e compositor - diz que é do centro da Terra que brotam
os temas de seu trabalho.
As composições de Moreno são tocadas pelo quarteto no show da
série Instrumental Sesc Brasil, exibido na sequência. No espetáculo,
melodias incomuns em criações como: Banho de Gato; Despertar em
Agharta; Flor do Manacá; e Decafunk. A atração tem participação do
acordeonista Daniel Warschauer.