O destino do próximo “Repórter Eco” fica por conta de
uma canoa que veleja pelo Rio Xingu, mostrando as belezas das águas que começam
em Mato Grosso do Sul e terminam no Pará. Em outra reportagem, a chef de
cozinha Ana Tomazoni fala sobre as delícias da Mata Atlântica. Por fim, o programa
da TV Cultura, que vai ao ar neste domingo (11/12), às 17h30, com apresentação
de Márcia Bongiovanni.também fica por dentro do projeto Tamar, iniciativa de
inclusão social.
Para observar os impactos provocados pela construção da Usina
Elétrica de Belo Monte, no Pará, moradores do sul e sudeste do país embarcam
num passeio que vai além da disposição para remar por trechos calmos ou
acidentados do Rio Xingu, que nasce no Mato Grosso e deságua no Pará.
A canoada Bye Bye Xingu é organizada pelo ISA – Instituto
Socioambiental – e pela Associação Yudjá Miratu Xingu, dos índios da etnia mais
conhecida, como Juruna. Por serem exímios navegadores, eles são chamados por
outros povos de “Índios do Rio”.
A expedição já chegou à sua terceira edição. É uma viagem sem
fins lucrativos que depende da inscrição dos interessados. O cientista social
André Villas Boas, secretário executivo da ong ambientalista, explica como
funciona: "Geralmente quem participa toma consciência do que significa
você ter o seu bem estar à custa do mal-estar de outros. Essa reflexão é
importante. Altamira está a milhares de quilômetros de distância de São Paulo.
As pessoas não fazem ideia o custo socioambiental dessa energia que nós
consumimos no sul e sudeste do nosso país".
O Repórter Eco também apresenta a chef de cozinha Ana
Tomazoni, que usa ingredientes da Mata Atlântica em suas receitas. No quintal
da Escola de Gastronomia, que tem há mais de 30 anos em São Bernardo do Campo,
no ABC Paulista, Ana colhe pitangas frescas para fazer um suco natural. No pé
de jabuticaba vizinho, ela já não tem tanta sorte: encontra um único fruto
remanescente.
A chef e pesquisadora na área de educação alimentar tem um
carinho muito especial por espécies da Mata Atlântica, por isso ensina seus
alunos a prepararem pratos a partir de seu conhecimento.
Por fim, o programa mostra o projeto Tear, um trabalho de inclusão social de
pessoas que sofrem transtornos mentais. A partir da iniciativa, elas recuperam
a autoestima com cursos de tear, costura e de incentivo à reciclagem.
A terapeuta ocupacional Denise Antunes é a coordenadora do
projeto, que oferece nove oficinas aos pacientes que são artesãos e recebem
pelo trabalho. A divisão da receita é decidida por cada grupo e segue as regras
de uma cooperativa. As peças produzidas pelos artesãos e expostas na loja do projeto
tear mostram que a reciclagem de materiais é um dos grandes instrumentos das
oficinas para promover a transformação dessas pessoas.