Neste sábado (21/01), música e militância se misturam no
palco do Manos e Minas com a presença de Rico Dalasam. Ele conversa com a
apresentadora Roberta Estrela D’Alva sobre o seu primeiro disco de estúdio e
conta como usa a música como ferramenta de empoderamento e autoafirmação. O
programa vai ao ar neste sábado (21/01), às 19h, na TV Cultura.
Em 2015, o EP Modo Diverso fez Rico Dalasam estourar na cena
musical brasileira. Único rapper abertamente gay do hip hop nacional, ele se
firmou como expoente do movimento queer rap, que mistura a estética gangsta com
elementos do universo drag. Agora, Dalasam apresenta seu primeiro álbum de
estúdio, Orgunga. No programa, ele fala sobre a proximidade dos dois trabalhos
e explica se o disco é uma continuidade do EP ou uma nova etapa.
O rapper também comenta o nome do disco, inventado por ele em
uma união das palavras ”orgulho, negro e gay”, enfatizando qual foi sua
necessidade ao criá-lo. Para seu nome artístico, Rico elegeu uma abreviação de
“Disponho Armas Libertárias a Sonhos Antes Mutilados”, uma boa síntese da
essência de seu som, carregado de autoafirmação.
Na conversa com Roberta, ele conta como é ver sua arte se
tornar libertária para outras pessoas e revela se tinha noção que isso poderia
acontecer. O rapper também diz se hoje ele se sente mais aceito do que quando
era apenas o Jefferson, morador do Taboão da Serra.
No palco do programa, ele interpreta as músicas Mili Mili,
Riquíssima (Remix), Dalasam, Esse Close Eu Dei, Drama e Honestamente.
Ainda nesta edição do Manos e Minas, Roberta recebe Ana Roxo,
representante da cena slam. Outro destaque fica por conta do DJ Erick Jay, que
completa dez anos desde que venceu um campeonato nacional pela primeira vez, o
Hip Hop DJ 96, no Sesc Pompeia. De lá para cá, o DJ residente do programa se
sagrou tricampeão do Hip Hop DJ, tricampeão do DMC e campeão do Quartz. Nesta
edição, ele apresenta a performance que lhe garantiu seu primeiro título.
O programa também vai até a Zona Leste de São Paulo conhecer
o Atelier Xongani. Criado por Ana Paula e sua mãe, Cristina, o local se
especializou em moda e tecidos africanos. Por fim, a atração mostra como foi a
gravação do DVD do espetáculo Daqui a pouco o peixe pula. Realizada na
residência artística do Coletivo Estopô Balaio, no bairro do Jardim Romano, a
peça traz atores-moradores para contarem suas próprias histórias e as de seus
parentes e vizinhos. Pessoas que, assim como eles, também sofreram com a
invasão das águas das enchentes.