Apontado como revelação do cinema nacional, o ator Jesuíta
Barbosa é o entrevistado nesta terça-feira (25/04), às 21h30, do programa “Arte
do Artista”. No bate-papo com o apresentador Aderbal Freire-Filho, Jesuíta
conta sua trajetória no teatro e nas telinhas desde a época em que morava em
Fortaleza.
Jesuíta ganhou projeção nacional com o filme Tatuagem, e por
sua interpretação como irmão de Wagner Moura no longa-metragem Praia do Futuro.
Desde então, mudou-se para o Rio de Janeiro e não parou mais, atuando em
novelas e minisséries na televisão.
Na entrevista do programa da TV Brasil, Jesuíta conta que
nasceu em Pernambuco, na cidade de Parnamirim, mas cresceu em Fortaleza. Assim
como Aderbal, Jesuíta também começou sua carreira de ator no Teatro José de
Alencar, na capital cearense. Na conversa, ele fala ainda sobre o gosto musical
da família e revela que seu pai é delegado de polícia civil.
No início da carreira em Fortaleza, Jesuíta integrou o
coletivo artístico As Travestidas. “No grupo eu dublava a Elis Regina. Lá a
gente dublava e cantava. Foi lá que eu encontrei a liberdade de criar”, diz o
ator.
No início do programa, ele aparece em uma performance
dublando a música "Sinal Fechado", interpretada por Elis Regina.
Jesuíta também falou sobre a importância do grupo que dá visibilidade ao
universo dos travestis e transexuais. "O turismo sexual no Ceará ainda é
muito forte. Nesse sentido, o trabalho do grupo As Travestidas tem um papel
importante lá", afirma.
Atualmente, Jesuíta mora no Rio de Janeiro, cidade que
considera "estranha" para se viver. "Eu acho muito esquisito
viver no Rio. Ainda não me acostumei com o carioca, que é muito diferente de
onde eu venho. Mas estou começando a entender a cabeça deles", diz.
O ator afirmou ainda que não sente necessidade de neutralizar
o sotaque nordestino para atuar na TV. "Será que eu realmente preciso
perder meu sotaque para fazer TV? Por que esse personagem não pode ser
nordestino? Eu tenho me perguntado sobre isso e tenho tentado não perder o
sotaque por enquanto", pondera o ator.
O ator também falou da parceria com os colegas atores, como
Wagner Moura, e sobre a técnica da preparadora de elenco Fátima Toledo,
conhecida por preparar os atores para o cinema de forma intensa. "Ela
maltrata. É difícil entender de primeiro, mas quando se acostuma, você entende
que precisa dizer a ele o seu limite. É o que ela espera de você", afirma
Jesuíta.