Ator, diretor, apresentador, autor, roteirista, escritor e
produtor. Se tem uma coisa que Miguel Falabella não abre mão é de trabalho. Às
vezes, faz tudo em uma mesma produção. O convidado do programa “Donos da
História” que o VIVA exibe neste domingo (25/06), às 18h, traça uma
retrospectiva da vida e da carreira.
A edição reserva surpresas a Falabella, com os depoimentos de
companheiras de longa data: Laura Cardoso, Arlete Salles e Claudia Jimenez. “Grandes
encontros! Acho que carreiras são feitas de encontros memoráveis”, diz o
homenageado. Falabella se emociona ainda mais ao ver trecho da entrevista da
saudosa Marília Pêra ao programa Damas da TV, gravado em 2013, também exibido
pelo VIVA: “Escrever para ela foi um prazer, uma honra. Em Pé na Cova - último trabalho da atriz -, começava uma cena
e eu me perguntava fui eu que escrevi isso?, tamanho o frescor e a
originalidade com que ela dizia. E ela não mudava uma vírgula! Ela era uma
mulher muito impressionante. Tive grandes momentos com ela”, enfatiza.
Um dos marcos de sua trajetória profissional é o Vídeo Show,
programa que apresentou durante 15 anos. A estreia do ator Falabella foi em
1982, na novela Sol de Verão. De lá pra
cá, acumula mais de 30 trabalhos na televisão. Mas foi em 1986, como Miro, na
segunda versão de Selva de Pedra, que ele ganhou maior destaque com o público.
Também é impossível falar de Miguel e não se lembrar de Caco Antibes em Sai de
Baixo, um dos personagens mais icônicos de sua vida profissional como ator. Do
outro lado da câmera, como diretor, a primeira experiência foi em Sassaricando
(1987).
Já Salsa e Merengue, em 1996, representou a estreia de Miguel
como autor de novelas, ao lado de Maria Carmem Barbosa. Depois, vieram os
folhetins A Lua Me Disse (2005), Negócio da China (2008) e Aquele Beijo (2011),
e o humorístico Toma Lá, Dá Cá (2007). Mas a veia humorística de Miguel é
antiga: colaborou com textos para dois clássicos dos anos 1980: Armação
Ilimitada (1985) e TV Pirata (1988). “Não trabalho com muita gente.
Particularmente, acho que a novela acaba ficando descaracterizada, por mais que
exista um redator final. Mas, sozinho, também fica bastante penoso!”, explica
Falabella.
Recentemente, escreveu Sexo e as Negas (2014). “Uma pena ter
sido mal compreendido. Recebeu um massacre histérico muito antes de ser visto.
Não entenderam a brincadeira do título. Espero que futuramente seja visto de
outra forma”, desabafa.
A série “Brasil a Bordo”, escrita e protagonizada por Falabella,
já está disponível no Globo Play e, na TV, irá ao ar no ano que vem. Ele conta
sobre a idealização do projeto: “Um dia, estava deitado e pensei não consigo
mais viver nesse país, ele enlouqueceu!. Tive um surto, eu que enlouqueci. Foi
um dia muito estressante e pensei vivo num país de loucos, que só se entende no
delírio”, disparou.