Papai há apenas dois anos, Serginho Groisman compartilha o
orgulho que tem do filho, Thomas. No ‘Altas Horas’ deste sábado (12/08), o
apresentador recebe amigos especiais para celebrar o pequeno e comemorar a
véspera do Dia dos Pais com Nego do Borel e da banda Vespas Mandarinas. O padre
Fábio de Melo, a jornalista Maju Coutinho e o maestro João Carlos Martins
contam momentos inesquecíveis de suas carreiras.
Prestes a lançar um filme sobre sua carreira, o maestro João
Carlos Martins relembra a trajetória que o consagrou como um dos pianistas mais
famosos do Brasil. “João, o Maestro”, protagonizado por Alexandre Nero, retrata
com delicadeza um problema que o músico enfrentou no auge: a perda de
movimentos dos dedos. “Comecei a estudar piano com oito anos. Com 18, comecei
minha carreira internacional. Fazia 22 notas por segundo quando passei a
assistir a degeneração da minha mão”, conta ele, que realizou concertos em 82
países. “Fiz 23 operações para manter esse sonho. Até hoje, faço questão de
tocar piano para mostrar que não desisto nunca", comenta.
O maestro foi enredo do carnaval paulistano em 2011, levando
a Vai-Vai ao título. Sua felicidade, entretanto, foi além da homenagem.
"Quando fiquei sabendo quem estava cobrindo o carnaval, fiquei muito
feliz. Era a Maju. Pensei: ‘Puxa! A Maju me conhece!’, diz.
A jornalista agradece o carinho e garante ser fã do maestro.
Responsável por noticiar a previsão do tempo no ‘Jornal Nacional’, Maju lembra
que sua carreira começou bem longe das chuvas e frentes frias. “Já fiz
coberturas de enterro, buraco de rua, acontecimentos em favelas e até incêndio”,
comenta.
Ela também falou sobre o jeito descontraído. “Eu escrevo todo
o texto que vou falar, da minha maneira. Sempre acreditei nessa linguagem mais
acessível, porque tanto a dona de casa quanto o presidente da República têm que
entender o que eu falo. Achar que sisudez é credibilidade não tem nada a ver”,
conclui.
Considerado um padre pop, Fábio de Melo concorda com Maju e
diz que quebrar o padrão da figura religiosa tem sido importante para alcançar
um número maior de pessoas. "Desde que comecei como cantor, fui
transgressor: trouxe a MPB para o meu repertório religioso. Posso dizer o que
digo como padre cantando Chico Buarque, por exemplo, e por isso me sinto muito
livre. Também quero que as pessoas se sintam livres comigo, porque elas não têm
que mudar de assunto quando chego. O padre tem que fazer parte da vida das pessoas
da forma que elas são”, analisa.
O ‘Altas Horas’ vai ao ar na TV Globo, após o ‘Zorra’.