Convidado da jornalista Roseann Kennedy, o cardiologista
Brasil Caiado vem de uma família que tem tradição na política. O avô foi
governador, o pai, deputado federal quatro vezes e também prefeito. Mas nunca
pleiteou o cargo público e diz que nem sequer teve vontade.
No entanto, o mundo político continua ao seu redor. O Dr.
Brasil Caiado tem na lista de clientes nomes de ex-governadores, senadores e
deputados e inúmeras autoridades. O programa “Conversa com Roseann Kennedy” desta
segunda-feira (04/12) vai ao ar às 21h30, na TV Brasil.
Sempre discreto e ético, foi responsável pelas informações
clínicas quando o governador cassado do DF, José Roberto Arruda foi preso e ele
teve que atendê-lo na prisão da Polícia Federal.
Sobre essa proximidade de sua profissão com o mundo político,
Brasil Caiado declara: “Eu particularmente sempre quis separar a profissão de
médico e paciente. Do ponto de vista político, eu vejo pessoas, seres humanos.
Não deixo muito que essa coisa se misture, mesmo porque são partidos variados,
pessoas que às vezes se desentendem, mas que no consultório todos eles se
entendem com o médico”.
Há vinte e cinco anos em Brasília, o cardiologista diz que
sempre atendeu personalidades da política. “A gente percebe nitidamente a
relação da profissão com o estresse. E a gente tem por obrigação tentar ajudar
os pacientes a usar caminhos diferentes para tentar do ponto de vista da
atividade física, de regular os horários que não são fáceis, principalmente em
anos eleitorais, é uma dificuldade. A gente não encontra ninguém em consultório
em ano eleitoral. Às vezes, a gente percebe uma negligência com a saúde para a
dedicação com a política, tamanha é a demanda de tempo para exercer hoje a
política brasileira, não é fácil mesmo não”, enfatiza.
Apaixonado pela profissão, Dr. Brasil Caiado diz que na
especialidade da cardiologia, uma das coisas que ele mais ensina e tenta
influenciar nas pessoas é a busca pelo equilíbrio. “A vida é feita do
equilíbrio. Qualquer coisa que faz você sair do eixo, pode ser o excesso de
trabalho, o excesso de alimentação, o próprio excesso de exercício, o organismo
não gosta. Não é bom para a saúde”, afirma. Diz que para garantir uma boa
qualidade de vida é preciso conjugar a dedicação ao trabalho, à família, ao
exercício físico, ao lazer e ter os períodos de férias a cada ano.
Mesmo com a longevidade no país e no mundo aumentando a cada
dia, Dr. Brasil faz um alerta: “A prevenção ainda é o maior remédio”. Por isso,
o cardiologista defende a dieta do mediterrâneo que é rica em vegetais e peixes
que tem G. “Esse equilíbrio de muito peixe, ômega 3, com saladas, menos
gordura, a diferença é significativa do ponto de vista da prevenção. O
brasileiro de forma geral come mal. A gente tem uma dieta rica em gordura e
muito sal também. É preciso reeducar esse esquema de divulgação, de reeducação
da população. Porque a alimentação está diretamente relacionada com a doença
cardíaca”, conclui.
O programa Conversa com Roseann Kennedy tem horários
alternativos na TV Brasil. A atração jornalística também vai ao ar aos
domingos, às 19h30.