Transmitir vídeos ao vivo através da internet já não é mais
uma novidade. O programa Mídia em Foco desta segunda-feira (13/08), às 22h45,
na TV Brasil, aponta que milhares de horas de conteúdo audiovisual ao vivo são
produzidas por dia. Cada vez mais empresas buscam a interação em tempo real e
investem em conteúdos que até então não existiam.
Considerado um dos principais meios contemporâneos de se
comunicar, o vídeo é uma realidade. As técnicas de produção audiovisual ao vivo
se tornam mais sofisticadas com o advento de novas tecnologias. Plataformas de
redes sociais permitem que qualquer pessoa ou empresa faça uma live a hora que
quiser
Com a evolução da internet, a tecnologia de transmissão ao
vivo, também chamada de live streaming, vem se posicionando como grande
tendência em engajamento e ampliação de alcance.
Para analisar as perspectivas do mercado sob a ótica das
transmissões em tempo real, o programa apresentado pela jornalista Paula
Abritta recebe os especialistas Fábio Eitelberg, sócio-diretor da produtora
Everstream; Fernando Carlos Moura, professor Comunicação da PUC-Campinas; e
Fernando Moreira, presidente da Associação Brasileira da Televisão
Universitária (ABTU).
"O conteúdo ao vivo é fundamental pra qualquer
plataforma. Inclusive ele representa a vida e a sobrevida de veículos
tradicionais como a televisão por exemplo", argumenta o produtor e diretor
Fábio Eitelberg.
O educador Fernando Carlos Moura compartilha essa visão sobre
a importância das transmissões em tempo real. "O futuro da televisão passa
pelo ao vivo. Muita gente enche a boca dizendo que a televisão vai desaparecer
com streaming, com as novas formas de consumo audiovisual. Eu acho que pelo contrário",
comenta o professor que leciona Comunicação na PUC-Campinas.
De acordo com o acadêmico, a tendência é ampliar a
programação das emissoras com produções transmitidas simultaneamente. "A
gente tá voltando ao início, diria eu. No início a televisão era ao vivo. Tudo
que a gente fazia era ao vivo. Por isso tem tanta pouca memória da televisão da
década de 1950, 1960 e 1970. Porque tudo era ao vivo", recorda.
Presidente da Associação Brasileira da Televisão
Universitária (ABTU), Fernando Moreira aborda os desafios de captar e manter a
audiência em atrações exibidas em tempo real. "Uma das grandes
dificuldades do ao vivo é conseguir imprimir um certo ritmo para segurar a
pessoa", exemplifica ao comparar com produções gravadas que seguem outra
lógica.
Ele também menciona a perspectiva global da coletividade.
"Existe uma questão do coletivo. Você se sente participando de uma coisa
ao mesmo tempo com as outras pessoas. Isso psicologicamente também tem um
grande fator que te ajuda a pensar não estou sozinho nisso", sugere
Fernando Moreira.
Para o professor Fernando Carlos Moura, o conteúdo faz a
diferença. "Não importa qual tela você vê, o que importa é como você vê. A
discussão da mídia para o futuro é a distribuição do conteúdo para telas",
alerta.