Nos mais de 3 mil quilômetros de rios que cortam a Amazônia,
o trânsito de pessoas e de carga é intenso, constante e de extrema importância
para a população de uma das regiões mais pobres do país. Nessa enorme malha hidroviária,
navegam também muitas histórias, sonhos e dilemas, que são revelados pela
equipe do Profissão Repórter nesta quarta-feira (17/10).
Para realizar um trajeto entre Manaus e Belém, Caco Barcellos
viaja durante quatro dias numa balsa que leva carretas com produtos da Zona
Franca e registra a rotina dos tripulantes. Um ponto bastante preocupante no
transporte de carga no rio Amazonas é o ataque de piratas, principalmente aos
cargueiros que levam combustível, um problema que tem crescido nos últimos 5
anos.
Os assaltos também são recorrentes em embarcações para
transporte de passageiros, como relatam os repórteres Danielle Zampollo e Erik
Von Poser. Eles passam nove dias percorrendo as cidades de Breves, Gurupá e
Melgaço no trecho mais estreito da hidrovia, conhecido como estreito de Breves,
e relatam que passageiros que saíam de sua região em busca de médicos em outra
localidade foram vítimas desse tipo de crime.
Em Melgaço, uma das cidades com um dos IDHs – Índice de
Desenvolvimento Humano - mais baixos do país, Danielle e Erik também acompanham
histórias de ribeirinhos que se arriscam ao vender açaí, camarão e palmito
naquilo que chamam de rabetas’. Domingos Alves é um desses vendedores e mostra
as condições em que vive: sem saneamento básico, sem energia elétrica e, muitas
vezes, sem ter o que comer.
Do outro lado do Estado, Mayara Teixeira e Eduardo de Paulo
fazem uma viagem que separa o Brasil e a Colômbia, na região de Tabatinga, onde
encontram Francielison, que fugiu de casa e, depois de seis meses usando
drogas, é resgatado pelo irmão, um policial.
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar na TV Globo, depois do ‘Futebol
2018’.