O SescTV exibe pela primeira vez duas atrações com o cantor,
compositor e guitarrista Siba Veloso. A primeira é o show Siba e a orquestra
Fuloresta, que apresenta repertório que mistura sonoridades da cultura popular
da Região da Mata, em Pernambuco, como ciranda e maracatu de baque solto.
Com direção para TV de Daniel Pereira, o espetáculo irá ao ar
nos dias 18/10, às 2h; 20/10, às 19h; e 21/10, às 3h, às 7h e às 24h. A segunda
é o documentário Siba nos Balés da Tormenta, que aborda a carreira do artista,
no dia 19/10, às 23h, e 23/10, à 1h, com direção de Caio Jobim e Pablo
Francischelli.
Nascido no Recife, Sérgio Roberto Veloso de Oliveira, ou
simplesmente Siba como é conhecido, iniciou sua carreira, em 1992, tocando
guitarra e rabeca na Mestre Ambrósio, umas das mais importantes bandas do
movimento manguebeat, no Recif, capital pernambucana. Com o grupo mudou-se para
São Paulo, onde ficou até o término do conjunto, em 2002. Neste ano, retornou para o seu estado e foi
viver na cidade de Nazaré da Mata. Ali deu início a uma nova pesquisa musical,
com foco na cultura popular da região.
Como fonte de estudos, manteve contatos com os trabalhadores
da extração de cana-de-açúcar do município, que, diariamente, vivem
manifestações folclóricas como o maracatu e a ciranda de roda. “É importante
pensar que é uma cultura que mistura música, dança, poesia, teatro e artes
plásticas de um modo que a gente não imagina no mundo contemporâneo”, explica
Siba. Nessa relação, o guitarrista conheceu aqueles que viriam a ser os
integrantes da orquestra Fuloresta. Ao lado da banda, fez carreira nacional e
internacional.
Após ficarem seis anos sem tocar juntos, o guitarrista e a
orquestra se reencontraram no início deste ano, no show Siba e a Fuloresta,
realizado no Sesc Pompeia, na capital paulista, e que será exibido pelo SescTV,
nos dias 18/10, às 2h; 20/10, às 19h; e 21/10, às 3h, às 7h e às 24h. No
repertório, composições dos álbuns Fuloresta do Samba (2003) e Toda Vez Que Eu
Dou Um Passo o Mundo Sai do Lugar (2008), lançados por eles, com arranjos
modernos de ciranda, coco de roda, maracatu de baque solto, samba e frevo.
Três dias após a exibição do show (19/10, às 23h), o
documentário Siba nos Balés da Tormenta destaca a trajetória profissional, a
musicalidade e a poesia presente no trabalho do artista. A produção lembra a
chegada do músico à Nazaré da Mata, cidade na qual o guitarrista conquistou sua
linguagem poética e se tornou mestre de maracatu; fala sobre a passagem de siba
pela banda Mestre Ambrósio nos anos de 1990, assumindo uma identidade local e
de raiz, e sobre o período em que o pernambucano esteve à frente da orquestra
Fuloreska. Além disso, aborda a criação do seu primeiro álbum solo, Avante
(2012), produzido por Fernando Catatau.