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Divulgação - SescTV
 
MANCHETES

» 08/02/2019 - 17:10
Minissérie "O Cinema Sonhado" destaca importância da ECA USP nesta sexta no SescTV

Durante os meses de janeiro e fevereiro, o SescTV apresenta episódios inéditos da minissérie “O Cinema Sonhado”. Dirigida pelo cineasta Ugo Giorgetti, a produção, que conta com quatro partes, rememora o cinema paulista a partir de depoimentos de cineastas formados nos grandes estúdios da década de 1950, e de ex-alunos da ECA - Escola de Comunicação e Artes da USP.Nesta sexta-feira (08/02), às 20h, vai ao ar ECA, terceiro episódio da minissérie.

O episódio trata do cinema político. Logo após a descoberta do cinema publicitário pela geração anterior, foi criado em 1967 o curso de cinema da Escola de Comunicações Culturais - que dois anos depois, tornou-se a Escola de Comunicações e Artes da USP. Entre seus fundadores estavam relevantes pensadores e realizadores como Rudá de Andrade, Maria Rita Galvão, Jean-Claude Bernardet e Paulo Emílio Salles Gomes.

Ao contrário da companhia Vera Cruz, que ambicionava um cinema internacionalizado, a ECA queria produzir um cinema nacional, mais nacionalista, inspirado no Cinema Novo que se fazia no Rio de Janeiro e, principalmente, nos moldes dos Modernistas paulistas com os quais o historiador e crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes manteve laços de convívio e amizade. O Brasil era um dos principais assuntos do cinema e essa novidade foi acatada com entusiasmo pelos jovens estudantes.

Segundo Ugo Giorgetti, a motivação que os fundadores da Escola de Cinema da USP tinham era fazer com que o cinema contribuísse de maneira relevante no registro da história do Brasil. “O espírito que congregava, no esforço de criação do curso era produzir um cinema político”, reforça o professor de cinema Carlos Augusto Kalil. Para ele, a ECA mantém até hoje a tradição de fazer um cinema político e anti-mercado.

Entre tantas curiosidades sobre a época trazidas pelo episódio, a técnica de acervo Olga Futema comenta da sorte e privilégio que sua geração teve, ao estudar na ECA. “Eu assisti O Encouraçado Potemkin e Outubro, ao lado do Paulo Emílio e Boris Schneider, que traduzia as cartelas do russo, simultaneamente”, relembra Olga.

A Escola de Comunicação e Artes da USP também recebe destaque, na minissérie, como lugar de encontro de uma geração importante para o audiovisual brasileiro. Para falar sobre a ECA, Ugo Giorgetti contou com depoimentos de profissionais como André Klotzel (produtor e diretor), Claudio Khans (produtor), Carlos Augusto Calil (professor de cinema), Francisco C. Martins (diretor), Alain Fresnot (diretor), Suzana Amaral (diretora e roteirista), Guilherme Lisboa (produtor), Pedro Farkas (diretor de fotografia), Olga Futema (técnica de acervo), Isa Castro (diretora do Museu da Imagem e do Som de São Paulo), Zé Bob (diretor de fotografia) e Ricardo Dias (diretor e roteirista). Todos esses profissionais narram suas aproximações iniciais com o cinema e os primeiros anos do curso de cinema da ECA USP. 

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