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Divulgação - SescTV
 
MANCHETES

» 14/02/2019 - 22:19
Último episódio de "O Cinema Sonhado" relembra fim da Embrafilmes no SescTV

Dividida em quatro partes, a minissérie O Cinema Sonhado - que aborda as memórias do cinema paulistano do período de 1963 a 1990, com direção e apresentação do cineasta Ugo Giorgetti - estreia seu último episódio, Nos Caminhos da Vila Madalena, nesta sexta-feira (15/02), às 20h, no SescTV.

Profissionais do audiovisual falam sobre um polo de produtoras cinematográficas que teve sua origem na ECA – Escola de Comunicação e Artes da USP - Universidade de São Paulo e se firmaram na vizinhança, nos anos de 1980. O programa trata, ainda, da importância da Embrafilmes e da Cinemateca Brasileira.  

Giorgetti conta que parte do cinema gerado na ECA se transferiu para a Vila Madalena, onde os ex-alunos montaram suas produtoras e realizaram seus trabalhos amparados pela Embrafilmes, concebida em 1969, com o objetivo de fomentar a produção e distribuição de obras brasileiras, e extinta em 1990. Segundo o diretor, esses criadores eram estudantes inexperientes no mercado e nunca tinham tido contato com distribuidores e exibidores.

Gira Filmes, Barca Filmes e Super Filmes são algumas dessas empresas que se instalaram na vizinhança da ECA. Com a situação econômica do Brasil deteriorada naquela década, algumas delas tiveram problemas para se manterem. O produtor Cláudio Kahns recorda que a Tatu Filmes, fundada por ele, passou por dificuldades nos dois primeiros anos de existência, quando seus trabalhos se resumiam a vídeos institucionais para a Shell, alguns documentários e alugueis de equipamentos para coproduções.

Mesmo com os tempos difíceis para o cinema paulistano, algumas películas lançadas na época tiveram sucesso, sendo premiadas em festivais no Brasil e no exterior. Dentre elas, A Hora da Estrela (1985), baseada na obra de Clarice Lispector, com direção e roteiro de Suzana Amaral e produção da Raiz Produções Cinematográficas; A Marvada Carne (1985), com direção de André Klotzel, e Feliz Ano Velho (1987), de Roberto Gervitz, baseada no livro autobiográfico de Marcelo Paiva. Estas duas últimas foram produzidas pela Tatu Filmes. “O que a gente estava procurando era fazer um cinema popular de qualidade, um biscoito fino para a massa”, comenta Kahns.

O episódio Nos Caminhos da Vila Madalena aborda, ainda, processos de criações das obras e a contribuição dos ex-alunos da ECA para a Cinemateca Brasileira, criada em 1940. Segundo o produtor Guilherme Lisboa, essa turma se preocupava em conservar, angariar recursos e modernizar a Cinemateca. Em 1984, a instituição faliu, mas, com a presença do professor de cinema Carlos Alberto Calil, houve uma absorção do órgão pelo Governo Federal na Fundação Nacional Pró-Memória.

Entrevistados: Zé Bob, diretor de fotografia; Guilherme Lisboa, produtor; Alain Fresnot, diretor e produtor; Cláudio Kahns, produtor; Isa Castro – Diretora Cultural do Museu da Imagem e do Som; Pedro Farkas, diretor de fotografia; Ana Maria Massoci Livieres, empresária; Suzana Amaral, diretora e roteirista; André Klotzel, diretor e produtor; Roberto Gervitz, diretor; Ismail Xavier, professor e escritor; Carlos Augusto Calil, professor de cinema; Olga Futemma, técnica de acervo; e Francisco C. Martins, diretor de cinema.

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