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Divulgação - SescTV
 
MANCHETES

» 13/10/2019 - 22:02
Série "Filosofia Pop" analisa morte e finitude no SescTV

Nesta segunda-feira (14/10), ás 23 horas, o SescTV exibe o episódio Morte e Finitude, da série Filosofia Pop, apresentada pela filósofa e escritora Marcia Tiburi e dirigida por Esmir Filho. O tema é discutido pelo historiador e mestre em ciências da religião Vagner Marques e pela atriz, cantora (MC) e poetisa Roberta Estrela D´Alva.

Em Morte e Finitude, os convidados falam sobre como os sentidos atribuídos a vida que se finda são diferentes de acordo com a época que se vive. Vagner Marques comenta que houve um processo de aceleração da percepção do tempo no século XIX, sobretudo no Ocidente, intensificando-se no século XX a partir de 1914, com a Primeira Guerra Mundial.

De acordo com ele, esta rapidez se estendeu até 1990 com o fim da Guerra Fria, quando houve a possibilidade da humanidade se extinguir com um apertar de botão e explica: “A bipolaridade entre Estados Unidos e União Soviética, comunismo e capitalismo, e a ideia de que o mundo ia acabar e não acaba, leva a uma aceleração que eu percebo que estamos vivendo hoje: a ideia de que o mundo não vai ter mais fim e de que nós podemos superar a morte”. 

Marcia Tiburi acredita que a finitude pode ser pensada a partir da forma e dos recursos que as pessoas utilizam para se relacionarem com a morte. “No sentido de fim de tempo. Não só do tempo da vida que se finda, mas das coisas, da expectativa da vida, das experiências que terminam. A gente morre muitas vezes ao longo da vida”, esclarece a filósofa.

Roberta Estrela D´Alva, que, aos 18 anos de idade perdeu uma irmã de 16, vítima de câncer, vê o ambiente da morte como algo curioso por interferir nos aspectos sociais da comunidade que está em volta daquele que parte, como: a lida com a espera, o tempo, a memória e a matéria. “Tudo isso junto foi muito marcante, influenciou a minha vida para sempre e a relação que eu tenho com a morte e com a arte que eu pensei a partir daí. Uma experiência tão cedo assim contamina tudo, ou edifica tudo”, expõe a atriz.

O episódio aborda, ainda, a morte no aspecto religioso, destacando a ambiguidade que há, principalmente no cristianismo, ao pensar na finalização da existência de uma pessoa; as questões da vida após a morte, do suicídio e do aborto; o porquê dos seres humanos se distanciarem da meditação sobre a morte; sobre caminhos que levam a pensar na aceitação desse fim; o holocausto urbano que há nas periferias; o feminicídio; o racismo; e o medo da morte.

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