O Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, entidade que
mantém a TV Cultura, emitiu uma nota de repúdio às difamações das quais a
jornalista Patrícia Campos Mello foi vítima.
Repórter da Folha de S. Paulo e comentarista frequente do
Jornal da Cultura, Patrícia foi citada na CPMI das Fake News pelo blogueiro
Hans River, que declarou que a jornalista havia se insinuado sexualmente para
ele em troca de informações.
A Folha de S. Paulo publicou na última terça-feira uma
reportagem desmentindo os pontos mencionados na CPMI, e incluiu trechos de
conversas entre a repórter e o blogueiro que comprovam inconsistências no
depoimento.
Confira a íntegra da nota divulgada pela Fundação Padre
Anchieta:
O Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta e a Direção
Executiva da TV Cultura repudiam veementemente as difamações caluniosas
dirigidas à jornalista Patrícia Campos Mello durante recente sessão da CPMI das
Fake News.
Os ataques à jornalista, proferidos em pleno Congresso
Nacional, evidenciam uma tentativa de intimidação dirigida não somente a ela,
mas a todos os profissionais compromissados com a prática democrática do
jornalismo independente - agravada por acintoso e repugnante machismo, que
ofende todas as mulheres que, a exemplo da Patrícia Campos Mello, exercem suas
atividades profissionais com dignidade.
Diante desse episódio, a Fundação Padre Anchieta e a TV
Cultura posicionam-se ao lado da colega Patrícia Campos Mello, contra a
agressão brutal que lhe foi dirigida, e em defesa do jornalismo independente e
democrático.