O nono episódio inédito da nova temporada do “Programa
Especial” é dedicado à natação paralímpica. A atração deste sábado (16/05), às
9h30, na TV Brasil, recebe atletas de alto rendimento com baixa visão que se
destacam com títulos na modalidade e têm muitas chances nas Paralimpíadas de
Tóquio.
A repórter Fernanda Honorato entrevista Maria Carolina
Santiago, nadadora que tem baixa visão e o seu treinador Leonardo Tomasello. A
equipe da produção ainda conversa com Douglas Matera, nadador paralímpico, que
também tem deficiência visual e foi campeão no Parapan de Lima, em 2019, e
Cynthia Boenne, uma das técnicas dele.
Maria Carolina Santiago tem a síndrome de Morning Glory, uma
alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Estreante no
esporte profissional, a atleta pernambucana é uma das promessas de medalha para
o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio que devem ser disputadas em 2021.
A nadadora conquistou o ouro nos 50m livre da classe S12 no
Mundial de natação paralímpica realizado em setembro, no Parque Olímpico de
Londres, com mais de 650 atletas de 80 países. No papo com Fernanda Honorato,
primeira repórter com Síndrome de Down do país, ela destaca o início no
esporte.
"A natação entrou na minha vida muito cedo. Por eu ter a
deficiência visual e a minha síndrome não permitir que eu fizesse um esporte de
impacto, eu comecei a acompanhar meu irmão mais velho, que já era atleta de
natação. Então, eu comecei praticamente com quatro anos de idade", afirma.
Carol competiu em provas de natação que reuniam atletas sem
deficiência até o final de 2018 quando migrou para o esporte paralímpico. Ano
passado, ela também estreou em Parapans nos Jogos de Lima e conquistou quatro
ouros continentais em cinco provas disputadas.
Leonardo Tomasello, treinador de Maria Carolina, também
conversa com a equipe do Programa Especial. Durante a conversa, o técnico
explica como é a programação do treinamento estipulado para a nadadora e
destaca as qualidades da atleta.
"Em todo treino ela tem uma meta para cumprir e a gente
sempre vai ajustando isso para manter a motivação para fazer séries boas e na
competição também. Ela é uma atleta muito competitiva, sempre quer nadar perto
das melhores marcas ou quer quebrar as próprias marcas. Isso é bom", diz
Leonardo.
Com diversos títulos na bagagem, Douglas Matera conta que,
antes de praticar a natação paralímpica, há três anos, já era atleta da natação
convencional. O atleta revela que essa experiência é a base de todo o seu
trabalho na modalidade do esporte paralímpico em que aprimorou o rendimento.
"Tenho mais de 10 anos de natação competitiva. Eu tive
uma base muito boa na natação convencional. Tenho a sorte de usufruir disso,
hoje, na natação paralímpica. Apesar do começo em 2017, que pode ser visto como
há pouco tempo, eu já tenho uma bagagem bem grande e isso, com certeza, me
ajuda nos meus objetivos", destaca.
Uma das treinadoras de Douglas, a técnica Cynthia Boenne,
afirma que ele é um nadador disciplinado. "Aqui, na piscina, que é onde eu
ministro esses treinos, basicamente, o trabalho que a gente faz com ele é
forçando a repetição, porque ele é um atleta muito talentoso, é um atleta
disciplinado, é um atleta que tem muito foco e é muito técnico. Então, são todas
as características que fazem realmente um grande campeão", celebra
Cynthia.