Andréia Horta volta ao Canal Brasil e comanda a quinta
temporada de “O País do Cinema”, terceira apresentada pela atriz. Na atração,
que estreia na próxima quinta-feira (02/07), à 0h, Andréia recebe realizadores,
diretores e intérpretes e coloca em pauta uma abordagem crítica e informativa
da produção nacional recente.
Para este ano, o programa dirigido por Marcello Ludwig Maia, traz
os episódios que vão ao ar logo após a exibição dos filmes a que se referem. A
anfitriã recebe no estúdio profissionais envolvidos com o longa. Matheus
Nachtergaele, Cleo, Mauro Lima, Carol Duarte, Gregorio Duvivier, Dira Paes e
Alexandre Nero são alguns dos convidados da temporada, que passeia por
clássicos e produções mais recentes do cinema brasileiro.
A apresentadora traz detalhes dos bastidores de filmes
marcantes da história recente do cinema brasileiro. Para ilustrar as
entrevistas, a atração exibe cenas das obras e imagens de making of.
Com Mauro Lima e Cleo, a conversa lembra curiosidades de “Meu
Nome Não É Johhny” (2008), no qual Selton Mello interpretou um rei do tráfico
da Zona Sul carioca. Matheus Nachtergaele e Virginia Cavendish relembram os
bastidores de O Auto da Compadecida (2000), um dos maiores sucessos da história
do cinema brasileiro, assim como Carandiru (2003), representado por Caio Blat e
Luiz Carlos Vasconcelos.
Carol Duarte e Gregorio Duvivier comentam detalhes de “A Vida
Invisível” (2019), coprodução do Canal Brasil premiada no Festival de Cannes, e
Dira Paes se reúne com Emílio de Mello para dissecar cenas de “Divino Amor”
(2019). O programa traz ainda conversas com Sandra Kogut, Fernando Alves Pinto,
Alexandre Nero e Rodrigo Pandolfo.
No episódio de estreia, Andréia recebe Matheus Nachtergaele e
Virginia Cavendish para falar sobre O Auto da Compadecida (2000), filme que
completa 20 anos este ano. No primeiro bloco do programa, Andreia pergunta a
Matheus e Virginia como eles estavam e “quem eles eram” quando receberam o
convite para fazer o Auto. No bloco seguinte, traça um paralelo entre aquele
Brasil de 20 anos atrás e o país hoje, falando sobre o que mudou.
“Eu gosto de imaginar que o Auto da Compadecida é um dos
responsáveis pelas pazes que o brasileiro fez com o cinema nacional. Então
lembrar de quem eu era quando o Guel falou comigo sobre o Auto é lembrar de um
tempo recente em que as cores eram outras e as pessoas mais felizes”, analisa
Nachtergaele.
No segundo episódio, Andreia recebe Caio Blat e Luiz Carlos
Vasconcelos para um papo sobre Carandiru (2003), filme de Hector Babenco
adaptado do livro de Drauzio Varella. Na primeira metade do programa, os atores
contam à apresentadora como foi estar no Carandiru, um lugar com uma história
tão forte, para contar a história do filme. “Foi uma das primeiras vezes que eu
entendi o que eu faço da vida, como o cinema é importante para mergulhar em
lugares onde as pessoas não conseguem chegar, registrar isso e mostrar o que
acontece para as pessoas”, conta Blat.
Já no segundo bloco, o trio conversa sobre o momento pelo
qual a produção audiovisual atravessa no Brasil. “Há uma ponta de dor ou de
perplexidade em mim quando eu vejo que uma porcentagem significativa da
população revela em si esses aspectos, digamos, sombrios. Mas aí vem o meu lado
positivo e diz: é preciso que se viva isso para que essa cota se transforme.
Não se luta contra o fascismo sem ele estar no poder. É preciso que ele esteja
onde está para que a gente possa derrota-lo. Eu creio nisso”, explica
Vasconcelos.