No “Espelho” desta segunda-feira (27/09), às 23h, pelo Canal
Brasil, Lázaro Ramos recebe o DJ Alok e o rapper Djonga. Eleito o 5º melhor DJ
do mundo em 2020, Alok é o principal nome da música eletrônica brasileira e
suas faixas fazem sucesso no mundo todo.
Ele conversa com Lázaro sobre o início de sua carreira, ainda
na infância; o sucesso internacional; as inspirações para seu trabalho e
paternidade.
Já Djonga, o primeiro brasileiro a ser indicado ao prêmio BET
Hip Hop Awards, fala com o apresentador sobre se descobrir como preto, a
indicação ao BET, o show que fez durante a pandemia e os próximos passos de sua
carreira.
Alok fala sobre um dos períodos mais difíceis de sua vida,
quando deixou a vaidade tomar conta de sua cabeça, e lembra que foi quando
percebeu o que realmente importa e quais eram as inspirações para seu trabalho.
“O que importa é fazer coisas que importam, o que importa é fazer a diferença.
Se você me perguntar quem são as pessoas que mais me inspiram a fazer música,
não é o David Guetta, Coldplay, não. O que me inspira é Chico Xavier, Lázaro
Ramos, Ayrton Senna. Essas coisas me inspiram, atitudes, exemplos. A música
acaba sendo uma forma que eu consigo sintetizar o meu sentimento, mas esse
sentimento tem que vir de algum lugar”, frisa.
Djonga conta que vem de uma família de trabalhadores e que
luta contra o racismo desde sua infância. “Desde novo eu fui ensinado a
batalhar. Acho que a primeira vez que eu percebi que as coisas eram diferentes
pra mim foi quando eu descobri que eu era preto. Quando eu entendi que, na
prática, isso tem alguma diferença, no dia a dia, na relação com a sociedade.
Foi quando eu comecei a perceber que na escola os olhares eram diferentes,
apesar de ter estudado em escola pública a vida inteira, o pouquinho de
diferença de pele, do lugar que você veio, muda um pouquinho do tratamento, e é
um pouquinho que é muito. Começa a virar uma rotina na sua vida ter que lutar o
tempo todo contra isso”, observa.